Música 30/10/2025 12:50
Martinho da Vila: “Samba é mais representativo do que o hino nacional”

O sambista Martinho da Vila, uma lenda viva da música popular brasileira, revelou detalhes sobre sua apresentação em Brasília em entrevista exclusiva ao Metrópoles, destacando sua intenção de mesclar o familiar com o inédito para o público durante o Festival Estilo Brasil.
O evento, que tem a realização do portal Metrópoles em parceria com a produção da Oh! Artes, acontecerá no Ulysses Centro de Convenções, em Brasília (DF). Ele planeja um espetáculo festivo e alegre, subindo ao palco no dia 31 de outubro.
“Para o show de Brasília vou apresentar sucessos permeados com músicas não muito conhecidas”, afirma Martinho. O artista promete um momento de surpresa ao incluir uma canção menos conhecida, reforçando:
“Pretendo fazer um show bem alegre e vou cantar uma música do Paulo do Banzelinos chamada Cravo Branco”. A música ganhou versão na voz do sambista em 1982, para o álbum Verso…Reverso.
Em sua apresentação, Martinho da Vila também irá levar a alegria genuína que permeou o nascimento do pagode, estilo que ele descreve como um “filho ilustre do samba”.
O show será repleto de samba de raiz e sucessos que convidam o público a cantar junto, incluindo clássicos como “Disritmia” e “Canta Canta, Minha Gente”. O compositor, que é considerado um nome fundamental do samba, promete desvendar as rodas de quintal da Zona Norte do Rio que deram origem ao pagode na década de 1970.
Martinho da Vila, que vive no Rio de Janeiro desde os 4 anos, considera que sua “carioquice” vem quase de berço, e recorda que foi “de quintal em quintal que o pagode nasceu e ganhou o Brasil”. Reconhecido por sua importância na renovação do samba, Martinho da Vila também discorreu sobre a evolução da instrumentação no gênero ao longo de sua carreira.
Ele notou como o samba se reinventou, abraçando novos sons e harmonias que refletem o passar do tempo. “Inicialmente, o samba era tocado, gravado sempre com violão, cavaquinho, ritmo e vocal”, explica.
O artista observa que o gênero acolheu uma variedade muito maior de timbres: “Com o passar do tempo ele foi se reinventando. Aí usa-se qualquer tipo de instrumento no show de samba… e parece usar sopros, pianos, teclados, de uma maneira geral, expande o gênero em si”.
Com uma trajetória que ultrapassa seis décadas, Martinho se concentra na conexão profunda que estabelece com a plateia, buscando provocar reflexão e alegria. Ele expressa satisfação em observar as diversas reações do público diante de seu vasto repertório.
“Mesmo com tantos anos de carreira, eu gosto de perceber a reação do público nas músicas de sucesso e a vibração da plateia”, revela.
No entanto, são as composições mais densas que mais o tocam: “O que eu mais gosto de sentir é quando eu canto uma música reflexiva, eles ficam parados pensando, e nas românticas eu vejo uns olhares saudosos”. Essa interação é intencional, pois o artista busca utilizar o palco para instigar a memória e a análise social:
“Eu gosto de fazer um show para ativar a memória das pessoas e fazê-las meditar sobre as questões sociais, culturais”.
Para ele, a função primordial de sua arte é levar a leveza, pois “a mensagem que eu quero transmitir é que sem alegria a vida é triste”.
Além de ser um militante ativo pela identidade negra e a igualdade racial, Martinho da Vila reitera a importância cultural do samba no cenário nacional. O gênero, que ele ajudou a popularizar, inclusive o partido-alto antes restrito aos terreiros, transcende a música, tornando-se um símbolo de representação.
“O papel principal do samba hoje é representar o Brasil”, afirma o artista.
Martinho reforça a dimensão cultural e social do ritmo, considerando-o superior em representatividade nacional: “Ele é mais representativo do que o hino nacional”.
Ele também aponta a vitalidade do samba para além das gerações iniciais que o cultivavam. “E uma coisa importante é que ele era uma coisa de gente antiga e tal, e hoje é uma coisa que atinge muitos jovens, e ele continua influenciando as gerações”.
Para fazer parte desse ilustre imortal do samba, garanta os ingressos do festival Estilo Brasil na Bilheteria Digital. O evento tem o oferecimento do Banco do Brasil Estilo e o patrocínio dos cartões BB Visa, Banco do Brasil e Governo Federal.
Deu em Metrópoles
Descrição Jornalista
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