Meio Ambiente 22/09/2020 07:30

Bolsonaro discursa hoje na ONU e o foco será a “defesa do meio ambiente”

Mesmo com o número de incêndios pelas florestas do Brasil em 2020 aproximando-se de 147 mil — o maior índice para o período entre janeiro e setembro dos últimos 10 anos —, o presidente Jair Bolsonaro deve abrir os debates da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), às 10h de hoje, afirmando que o seu governo tem se comprometido com a questão ambiental no país.

Mesmo com o número de incêndios pelas florestas do Brasil em 2020 aproximando-se de 147 mil — o maior índice para o período entre janeiro e setembro dos últimos 10 anos —, o presidente Jair Bolsonaro deve abrir os debates da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), às 10h de hoje, afirmando que o seu governo tem se comprometido com a questão ambiental no país.

Ele rebaterá as críticas de lideranças políticas e instituições internacionais sobre a falta de empenho do Palácio do Planalto no combate aos incêndios florestais.

Apesar da devastação nos biomas, sobretudo na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro dirá aos demais chefes de Estado que o governo brasileiro tem preservado as áreas naturais. Argumentará, ainda, que os incêndios são normais e que o número de focos de calor registrado neste ano nas florestas brasileiras não está tão elevado como a mídia tem divulgado.

No discurso, o presidente também deve direcionar palavras a organizações não-governamentais e reclamar da “perseguição injusta” que ele tem sofrido por diversas ONGs ambientalistas.

Bolsonaro se baseou nesses argumentos porque, no entendimento da sua equipe, precisará dar uma resposta à pressão da comunidade internacional e reparar a imagem do Brasil no aspecto ambiental. Ontem, ao conversar com jornalistas no Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão declarou que Bolsonaro vai tratar dos esforços do governo para mitigar a degradação das florestas nacionais.

“Vai focar na Amazônia. Vai mostrar, em princípio, aquilo que nós estamos fazendo: a criação do Conselho (Nacional da Amazônia Legal), a operação Verde Brasil II, os esforços do governo no sentido de combater as ilegalidades. Não é simples, não é fácil, e elas continuam a acontecer, infelizmente”, disse.

Fonte e foto: Correio Braziliense

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista