Eleições 22/11/2022 18:15
PL de Bolsonaro pede que TSE invalide votos de urnas com “mau funcionamento”
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, disse na última semana que um estudo interno apontou problemas na apuração dos votos de 250 mil urnas
A Coligação Pelo Bem do Brasil, composta pelo PL, legenda do presidente não reeleito Jair Bolsonaro, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relatório no qual alega haver “desconformidades irreparáveis no funcionamento das urnas”.
Segundo o documento apresentado pela legenda, o instituto Voto Legal aponta “mau funcionamento das urnas com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”. O instituto foi contratado pelo PL para uma auditoria independente.
Com esse argumento, a coligação pede que “sejam invalidados votos das urnas em que sejam comprovadas desconformidades de mau funcionamento”.
O relatório tem 33 páginas e pede a anulação de votos computados em 250 mil urnas.
A nova tentativa de questionar a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia sido anunciada na última semana pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O partido inclusive convocou uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (22/11) para anunciar detalhes da representação ingressada no TSE.
Costa Neto já havia adiantado, em um vídeo, que um estudo encomendado pela legenda havia encontrado problemas na identificação de cerca de 250 mil urnas eletrônicas fabricadas antes de 2020. De acordo com o dirigente partidário, as urnas antigas teriam todas um único número de patrimônio, que é uma espécie de RG de cada equipamento.
Em coletiva à imprensa, na tarde desta terça, Costa Neto ressaltou que o PL não é especialista em dados. Por isso, contratou o instituto e o especialista e engenheiro Carlos Rocha para fazer a análise: “É o trabalho de especialistas renomados”, disse.
Segundo apuração da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, congressistas bolsonaristas veem um movimento calculado de Costa Neto ao questionar a segurança das urnas e acreditam que o dirigente não esticará a corda com o Judiciário.
Na avaliação de deputados e senadores próximos de Bolsonaro, o dirigente partidário busca fazer um gesto à militância, tendo em vista que parte considerável dos eleitos pelo PL integram a base do atual presidente.
Deu em Metrópoles
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