Brasil 17/12/2020 10:17

Banco Central revisa previsão de queda da economia neste ano

O Banco Central (BC) espera por uma retração menor da economia brasileira neste ano e inflação mais elevada em relação à expectativa anterior.

O Banco Central (BC) espera por uma retração menor da economia brasileira neste ano e inflação mais elevada em relação à expectativa anterior.

Em 2021, a inflação será menor e a economia voltará a crescer, segundo projeções divulgadas hoje (17) no Relatório de Inflação.

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os preços, bens e serviços produzidos no país, neste ano foi revisada de 5%, em setembro, para 4,4%.

Para o BC, a incerteza sobre o ritmo de crescimento em 2021 segue “acima do usual” e depende do “arrefecimento gradual” da crise gerada pela pandemia de covid-19, de ajuste fiscal e da continuidade das reformas da economia. Com isso, o BC reduziu a previsão de crescimento do PIB, no próximo ano, de 3,9% para 3,8%.

Sobre a economia mundial, o BC avalia que o aumento de casos de covid-19 leva a novas medidas de isolamento social, o que reduz a atividade econômica, mas com efeito esperado apenas no curto prazo. “A ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo. No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas contra a covid-19 tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo”, diz no relatório.

Inflação

O BC ajustou a previsão de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2,1% para 4,3%, em 2020.

Para o próximo ano, a estimativa passou de 2,9% para 3,4%. Para o BC, a inflação permanecerá em 3,4% em 2022 e cairá para 3,3% em 2023.

“A inflação ao longo do ano tem refletido basicamente o forte movimento de atividade econômica, associado à crise da pandemia de covid-19 e aos programas de crédito e de recomposição de renda [como o auxílio emergencial], em conjunto com pressões de custos decorrentes do aumento dos preços de commodities [produtos primários com cotação internacional] e de taxa de câmbio em níveis persistentemente mais elevados”, diz o BC.

No relatório, a instituição acrescenta que “pressões localizadas em alguns produtos também têm contribuído, como nos casos da carne, do arroz e da soja”.

Deu na Agência Brasil

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista