Arqueologia 05/10/2025 17:40
O que há na ‘cápsula do tempo’ de 1822 recém-descoberta em escavações na Alemanha

Uma equipe de arqueólogos que trabalhava nas obras de renovação do Museu Acadêmico de Arte de Bonn, na Alemanha, se surpreendeu com uma descoberta impressionante: uma pedra fundamental datada de 1822, que funciona como uma verdadeira “cápsula do tempo“.
O achado, anunciado recentemente pela Universidade de Bonn, trouxe à tona registros inéditos sobre a construção do edifício e sobre as figuras históricas envolvidas em sua fundação.
A descoberta ocorreu enquanto engenheiros escavavam uma vala para instalar novas tubulações na área de acesso à rotunda do museu.
Durante os trabalhos, eles perceberam um arco incomum na alvenaria, sinal de que havia algo preservado ali. Ao abrir a pedra fundamental, os especialistas encontraram uma placa de chumbo datada de 1º de agosto de 1822, que, surpreendentemente, permanecia legível após mais de dois séculos.
A inscrição detalhava a cerimônia de assentamento da pedra fundamental e mencionava a presença de autoridades de grande prestígio da época, como o chanceler Carl Fürst Hardenberg, o ministro Altenstein, o reitor Gratz, o professor de anatomia Mayer e o prefeito Windeck.
Além disso, a placa registrava os responsáveis diretos pela construção do museu: o inspetor de obras Waeselmann, o supervisor Stier Ld Leydel, o assistente Brambach e o mestre pedreiro Quantius.

De acordo com o portal R7, normalmente, cápsulas do tempo escondidas em pedras fundamentais contêm moedas ou recortes de jornais.
Mas, desta vez, os arqueólogos se surpreenderam com a precisão das informações gravadas em chumbo.
Segundo Joanna Chanko, consultora científica da Associação Regional da Renânia (LVR), “encontrar uma pedra fundamental é extraordinário, mesmo para arqueólogos experientes. Surpreendeu-nos a presença da placa de chumbo, com informações detalhadas e gravadas de forma muito precisa”.
O Escritório de Preservação de Monumentos Arqueológicos da LVR documentou todo o processo. Já Michael Neuß, diretor técnico da BLB NRW, responsável pelo patrimônio imobiliário público da região, classificou a descoberta como “uma cápsula do tempo que permite um raro olhar para as pessoas por trás da construção original do edifício”.
Para não atrapalhar a continuidade das obras, a pedra foi recolocada em uma posição um pouco mais profunda, preservando sua função original de fundação.
Com mais de dois séculos de história, o edifício teve um papel fundamental para a Universidade de Bonn. Inicialmente, funcionou como Instituto de Anatomia por mais de 50 anos.
Em 1885, passou a abrigar o Instituto de Arqueologia Clássica, que reúne uma coleção de mais de 30 mil itens — uma das mais antigas e prestigiadas da Alemanha.
Ao longo do século 19, estudiosos como Friedrich Gottlieb Welcker, Otto Jahn e Reinhard Kekulé von Stradonitz consolidaram a relevância científica do museu. Mais tarde, nomes como Georg Loeschcke, Franz Winter, Richard Delbrueck, Ernst Langlotz e Nikolaus Himmelmann transformaram a instituição em referência internacional em arqueologia e história da arte.
Para o reitor da Universidade de Bonn, Michael Hoch, a descoberta da cápsula é simbólica: “Um dos primeiros edifícios da universidade foi erguido neste local, onde gerações de pesquisadores aprenderam e trabalharam. A pedra nos lembra dos alicerces sólidos que permitiram à nossa universidade se tornar uma instituição de excelência”.
Descrição Jornalista
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