Inesperado
Era a primeira experiência em paleontologia da jovem e tudo começou porque no ano passado ela levou fósseis de dentes de tubarões para aula e o professor ficou encantado.
Drew então pediu para visitar a propriedade da família da aluna e juntos os dois começaram as escavações atrás de mais fósseis.
“Fiquei muito, muito animada, mas ao mesmo tempo confusa, era minha primeira vez escavando,” disse a menina, que é aluna do primeiro ano da Escola de Matemática e Ciências do Alabama (ASMS).
A busca por fragmentos de tubarões estava prestes a se transformar em algo incrível.
34 Milhões de anos
Juntos, a estudante e o professor conseguiram desenterrar o crânio de baleia de 34 milhões de anos!
A colina, que escondia o fóssil, deu um baita trabalho para os dois, mas aos poucos eles foram revelando todas as partes.
O primeiro pedaço a vir à tona foi a mandíbula, que demorou vários dias para ser totalmente escavada.
“Encontrar um que seja tão completo é muito raro na verdade”, disse Drew, que também coleciona fósseis.
A aluna, de início, não conseguiu acreditar no que estava vendo.
“É realmente difícil compreender algo que tem tantos milhões de anos, mas começou a fazer mais sentido quando começamos a remover a sujeira e vimos como seria o crânio”, disse.
Nova espécie
Agora, a dupla quer descobrir ainda mais sobre o animal.
“Estamos muito entusiasmados com o fato de termos retirado a maior parte do crânio e de haver mais esqueleto para descobrir, o que poderia nos dar o animal completo”, disse Drew.
Dada a idade do crânio, especialistas disseram que pode se tratar de um animal ainda desconhecido pela ciência.
“Depois que a baleia estiver preparada e os ossos retirados da rocha e remontados, há uma boa chance de que seja uma nova espécie”, disse Jun Ebersole, diretor de coleções do McWane Science Center em Birmingham.
História do Alabama
Há milhões de anos, a maior parte do que hoje é o Alabama, foi coberta por um mar raso.
Criaturas muito grandes nadaram por lá, incluindo uma tartaruga marinha do tamanho de um fusca.
Por isso, a região ficou conhecida por ser um ótimo lugar para encontrar fósseis de criaturas marinhas, mesmo que hoje seja um terreno seco.
Próximos passos
A dupla agora foca em limpar, preservar e estudar o crânio, que está abrigado em um laboratório da Escola de Matemática e Ciências do Alabama.
Lindsey é bolsista em um programa de pesquisa na escola, e pretende continuar trabalhando com a descoberta até o último ano do ensino médio.
“Fiquei realmente muito emocionada, mas, ao mesmo tempo, cheia de entusiasmo para continuar”, explicou a jovem pesquisadora.

Drew é o professor que ajudou Lindsey no processo de escavação. Foto: Reprodução/ASMS.

O crânio foi retirado do local e levado para a escola que a menina estuda. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal.