Brasil 22/07/2023 09:14
Dívida Pública sobe 2,95% em junho e aproxima-se de R$ 6,2 trilhões
Baixo vencimento de títulos contribuiu para a alta
O baixo volume de vencimento de títulos fez a Dívida Pública Federal (DPF) subir em junho.
Segundo números divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 6,014 trilhões em maio para R$ 6,191 trilhões em junho, alta de 2,95%.
Em maio, o indicador superou pela primeira vez a barreira de R$ 6 trilhões. O Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 3,3%, passando de R$ 5,767 trilhões em maio para R$ 5,957 trilhões em junho.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 145,326 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis prefixados. A dívida interna também subiu por causa da apropriação de R$ 44,93 bilhões em juros.
Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 151,145 bilhões em títulos da DPMFi. Com o baixo volume de vencimentos em junho, os resgates somaram R$ 5,818 bilhões.
A diferença entre as emissões e os resgates foi a maior desde dezembro de 2020, quando o mercado financeiro começava a se recuperar da fase mais aguda da pandemia da covid-19.
No mercado externo, a forte queda do dólar em junho reduziu o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 1,8%, passando de R$ 246,78 bilhões em maio para R$ 234,04 bilhões em junho. O principal fator foi a queda de 5,43% da moeda norte-americana no mês passado.
Após cair em maio, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) voltou a cair em junho. Essa reserva passou de R$ 1,053 trilhão em maio para R$ 983 bilhões no mês passado.
O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi a alta emissão líquida (emissões menos resgates) motivada pelo baixo volume de vencimentos em junho.
Atualmente, o colchão cobre 8,52 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,221 trilhão em títulos federais.
O baixo volume de vencimentos mudou a composição da DPF. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos caiu levemente, de 39,74% em maio para 39,52% em junho. O PAF prevê que o indicador feche 2023 entre 38% e 42%.
Esse tipo de papel voltou a atrair o interesse dos compradores por causa das recentes altas da Taxa Selic, mas o percentual pode cair nos próximos meses por causa das reduções previstas nos juros básicos da economia.
A fatia de títulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) aumentou, passando de 26,17% para 27,04%. O PAF prevê que a parcela da Dívida Pública Federal corrigida por esse indicador terminará o ano entre 23% e 27%.
Nos últimos meses, o Tesouro voltou a lançar mais papéis prefixados, por causa da diminuição da turbulência no mercado financeiro. Esses títulos têm demanda maior em momento de estabilidade econômica.
Com baixos vencimentos neste mês, a fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF caiu levemente, passando de 29,76% para 29,46%. O PAF prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 29% e 33%.
Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública passou de 4,33% para 3,99%. A dívida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2023, entre 3% e 7%.
As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 29,2% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,3%, e os fundos de pensão, com 22,7%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.
A participação dos não residentes (estrangeiros) caiu levemente, passando de 9,6% em maio para 9,5% em junho. O percentual continua menor que em fevereiro, quando a fatia dos estrangeiros na dívida pública estava em 9,8%. Os demais grupos somam 14,4% de participação.
Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).
Deu em Agência Brasil
Descrição Jornalista
Condomínios para idosos oferecem de tudo para quem tem mais de 60
15/09/2025 04:57
Delícia: o que é uma ‘verdadeira’ pizza italiana?
14/09/2025 18:01
Como Alexandre de Moraes se tornou tão poderoso
01/09/2025 16:13 214 visualizações
A reação em cadeia que virá com julgamento de Bolsonaro
03/09/2025 09:37 186 visualizações
Filho de Lewandowski advoga para empresa ligada ao PCC, alvo da Polícia Federal, MPSP e Receita
02/09/2025 09:35 178 visualizações
01/09/2025 12:24 163 visualizações
RN dispara arrecadação em 368% com extração de ouro
05/09/2025 10:55 162 visualizações
Governo Lula já articula reação a possíveis sanções dos EUA ligadas ao julgamento de Bolsonaro
01/09/2025 09:18 145 visualizações
CGU abre processo contra 41 associações e empresas envolvidas no esquema do INSS; veja quais
02/09/2025 15:56 139 visualizações
Sono Meu #7 | Zolpidem: saiba como a pílula do sono pode virar pesadelo
02/09/2025 06:34 138 visualizações
Reforma Administrativa será duradoura e manterá estabilidade de servidores, diz relator
04/09/2025 06:27 124 visualizações