Ryan O’Horo, astrônomo amador e astrofotógrafo de Minneapolis, nos EUA, afirmou no Twitter que AR3354 já tem cerca de 1/3 do tamanho da histórica mancha solar de Carrington, que, em 1859, produziu a maior tempestade solar já registrada na Terra.

O que são manchas solares?

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de energia.

De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela.

Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras estabelecido pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último.

Essas erupções enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação.

As erupções solares às vezes são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são nuvens de plasma magnetizado que podem levar até três dias para chegar à Terra.

Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção.

Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e em sistemas de comunicação, prejudicar astronautas em atividades extraveiculares na Estação Espacial Internacional (ISS) e até mesmo derrubar satélites da órbita da Terra.