Dinheiro deixou de ser sinônimo de voto? - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado
PMN – 200 dias – 0909 a 0910

Eleições 28/09/2018 10:24

Dinheiro deixou de ser sinônimo de voto?

Se dinheiro gasto fosse sinônimo de votos, o cenário eleitoral seria muito diferente do que é.

Dinheiro deixou de ser sinônimo de voto?

Se dinheiro gasto fosse sinônimo de votos, o cenário eleitoral seria muito diferente do que é.

Com as mudanças nas regras do financiamento — que fixa limites de custos de campanha e regulamenta a distribuição do fundo eleitoral –, muitos candidatos perderam os volumosos orçamentos que antes eram uma realidade.

A diferença entre os volumes de gastos é assombrosa: em 2014, duas campanhas, de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) gastaram 573 milhões de reais (ou 724 milhões em valores corrigidos).

No total, a campanha de 2014 custou 6,3 bilhões de reais. Até esta quarta-feira, as campanhas presidenciais de 2018 gastaram 130,4 milhões de reais, segundo dados divulgados ao Tribunal Superior Eleitoral.

A diferença de patamar se explica: mudanças na lei eleitoral vetaram a doação de empresas para este ano. Em 2014, o grupo JBS, sozinho, doou 69 milhões de reais — os objetivos ficaram claros com as investigações da operação Lava-Jato, que levaram seus controladores à prisão.

Dilma Rousseff, candidata que mais gastou nas eleições de quatro anos atrás, torrou 350 milhões de reais, e conquistou 40% dos votos no primeiro turno.

Ou seja, seu gasto por ponto conquistado foi de 8,7 milhões de reais. Aécio Neves, segundo melhor colocado, gastou um total de 223 milhões de reais, e conquistou 24% das intenções de voto.

O gasto médio por ponto foi, portanto, de  9 milhões de reais. Dilma venceu as eleições, mas sofreu impeachment em 2016.

Deu em Exame

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


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