Sem categoria 24/06/2014 10:35
Instituto explica metodologia antes da divulgação da pesquisa
O Instituto Seta, que registrou uma pesquisa junto ao Tribunal Regional Eleitoral mas que ainda não foi divulgada, enviou e-mail ao blog Fator RRH explicando a metodologia que aplicou.
Tudo por causa de alguns questionamentos feitos aqui por leitores.
Leiam as explicações do Instituto Seta:”
Prezado Jornalista,
Em nome do Instituto Seta, e em respeito ao seu trabalho sério e relevante no RN, venho esclarecer alguns aspectos levantados por algumas postagens recentes quanto a um suposto direcionamento na distribuição dos questionários por cidade da pesquisa por nós realizada e que cujos resultados serão divulgados na semana que vem, conforme prazos regulamentares e legais.
01) O Instituto Seta tem por princípio publicar, de modo aberto e transparente, todos os detalhes metodológicos e técnicos das suas pesquisas públicas, entre os quais constam as regiões, cidades e a quantidade de questionários aplicados. No que se refere à matéria das sondagens, sempre buscamos gerar e reportar todas as informações pertinentes ao processo de análise das eleições, tanto a intenção de voto, como também nos aspectos de rejeição dos candidatos, avaliação de gestão etc. Tudo para que o resultado final da pesquisa seja inteligível e útil tanto para os especialistas de campanha e analistas políticos quanto para o cidadão-eleitor, de um modo geral.
02) A estratificação da amostra foi gerada a partir de critérios claros, técnicos e objetivos. É importante notar que as quotas construídas respeitam a proporção representativa, conforme dito no registro do TRE-RN (00004-2014), por regiões, sexo, idade, escolaridade e nível de renda da população do RN, tendo como base informações produzidas pelo IBGE e o TRE-RN. Ou seja, na amostra da pesquisa há a mesma proporção que existe no RN de eleitores pelas regiões Agreste, Central, Leste e Oeste, a mesma quantidade proporcional de homens e mulheres, jovens e idosos, mais escolarizados e menos escolarizados, ricos e pobres. Em resumo, a amostra da pesquisa tem as mesmas características sócio-econômicas do universo investigado, que no presente caso é o estado do Rio Grande do Norte.
03) No tocante à estratificação por região, a nossa pesquisa faz uso da divisão mais adequada e mais utilizada, quanto a levar em conta o tamanho representativo de cada região, e não de cada cidade. Por esta razão, a região central potiguar recebe uma quantidade menor de questionários, pois tem menos eleitores (13,46%). A região leste potiguar tem mais questionários aplicados porque é a maior região do RN em número de eleitores (43,4%).
04) Uma vez dentro de cada região, a metodologia mais adequada determina que a definição da divisão dos questionários seja feita por sorteio das cidades, conforme representatividade das cidades na região. Portanto, é errado e distorcido comparar a divisão de entrevistados entre regiões diversas; por exemplo, comparar Nova Cruz (que entrou no sorteio da região agreste) com Macaíba (que faz parte da região leste).
05) Por ser um dado passível de interpretação ligeira e superficial, a maioria dos institutos de pesquisa procura não divulgar a lista das cidades, expondo apenas as regiões. Mas isso não quer dizer que estejam utilizando metodologia e amostragens livres desta aparente distorção. O certo, ao comparar as pesquisas, seria obter também dos demais institutos a listagem aberta das suas cidades, além da quantidade de questionários por região e cidade. A comparação das pesquisas provavelmente indicará que nem todas as regiões apresentarão cidades com igual ou equivalente peso populacional. No caso da estratificação por região, para dar um exemplo numa pesquisa nacional recente, isso se faz utilizando as regiões do País: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Por isso, é comum ver Natal (RN) ou Macapá (AP) receberem mais questionários do que cidades como Nova Iguaçu (RJ), Osasco (SP) ou Juiz de Fora (MG), a despeito da densidade populacional.
06) Para não restar dúvida, segue os links de pesquisas nacionais de Institutos consagrados que pautam-se pelos mesmos princípios metodológicos. No plano de cidades do levantamento nacional feito pelo Datafolha registrada no TSE (Br-00015-2014), somente Natal e Baia Formosa foram sorteadas no RN. Baia Formosa, menor do que Mossoró, por exemplo, entrou por representar um perfil estratificado.
Segue link: http://pesqele.tse.jus.br/pesqele/publico/CarregarArquivoMunicipio.abrir?id=20465. É possível ver o mesmo princípio na pesquisa Ibope (Br-00171-2014), que, no RN, investigou Natal e Apodi, esta última com menos eleitores do que Parnamirim.
Segue link: http://pesqele.tse.jus.br/pesqele/publico/CarregarArquivoMunicipio.abrir?id=22425. Pesquisa Sensus (br-00161-2014) aplicou questionários em Sítio Novo (RN), mas não Caruaru (PE).
07) É possível constatar os aspectos metodológicos ressaltados no manual de pesquisa eleitoral de Carlos Alberto Almeida: “Como são feitas as pesquisas eleitorais e de opinião”. Ou então no livro: “Pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática”, que é de autoria do diretor do Instituto Seta, o doutor em ciências sociais e professor universitário, Daniel Menezes.
Esperando ter explicado esta questão técnica, e na certeza de que seu blog deseja o exato esclarecimento dos fatos e das metodologias utilizadas por todas as pesquisas divulgadas, agradeço desde já pela oportunidade de prestar estes esclarecimentos.
Carlos Galdino – Estatístico, Mestre em Estatística e Professor Universitário – Conre: 9861
Descrição Jornalista
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