Censura 20/12/2025 09:10
MP processa Cláudia Leitte e pede R$ 2 milhões após cantora trocar “Iemanjá” por “Yeshua” em música

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ingressou com uma ação civil pública contra a cantora Cláudia Leitte, solicitando uma indenização de R$ 2 milhões por dano moral coletivo.
A iniciativa está relacionada a uma modificação feita pela artista durante apresentações, quando substituiu a referência a Iemanjá pelo termo Yeshua (Jesus, em hebraico) na música Caranguejo, de repertório amplamente conhecido. As informações são da Folha de S.Paulo.
O MP pede que o valor, caso a ação seja acolhida, seja destinado ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos ou a entidades ligadas às religiões de matriz africana, além de cobrar uma retratação pública e um compromisso formal da artista para que a conduta não se repita em shows, entrevistas, obras artísticas ou redes sociais.
A ação foi motivada por uma representação apresentada por uma liderança religiosa e por uma entidade de defesa das tradições afro-brasileiras.
O Ministério Público sustenta que a mudança feita pela cantora não representa apenas licença criativa, mas estaria vinculada à conversão religiosa da artista e a ambientes neopentecostais, que — na avaliação dos promotores — frequentemente desqualificam crenças de origem africana.
Segundo o MP, trocas como essa reforçam discursos que historicamente contribuem para a intolerância religiosa, especialmente contra religiões de matriz africana. O entendimento é de que atribuir um novo sentido à música, apagando uma referência a Iemanjá, teria potencial ofensivo e discriminatório.
A ação é assinada pela Promotoria de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, junto ao Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. Para os promotores, a ampla exposição de Cláudia Leitte no cenário nacional amplia o impacto do episódio, uma vez que sua influência poderia reforçar percepções equivocadas sobre práticas religiosas afro-brasileiras.
O MP argumenta ainda que a repercussão do caso demonstra a necessidade de medidas preventivas, tanto para evitar reincidência quanto para estimular o respeito às expressões culturais e religiosas protegidas pela legislação brasileira.
O episódio ocorreu no ano passado e já havia provocado reações de grupos ligados às religiões de matriz africana, que denunciaram a alteração como um ato desrespeitoso e motivado por intolerância religiosa. Até o momento, Cláudia Leitte não se pronunciou publicamente sobre o caso.
Deu em ContraFatos
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