O programa Gás do Povo inicia uma nova etapa com recarga gratuita de botijões de 13 kg até o fim de novembro, conforme informado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A iniciativa chega para substituir o antigo Auxílio Gás.

Com a novidade, o governo amplia o alcance do benefício de 5,1 milhões para 15,5 milhões de famílias em todo o país. As retiradas serão feitas em revendas credenciadas, mediante vale eletrônico.

Apesar do avanço, o cronograma ainda gera confusão, pois documentos oficiais apresentam datas divergentes: enquanto o MDS menciona o início ainda em novembro, o material de perguntas e respostas fixa a implementação a partir de novembro de 2025, com cobertura total prevista para março de 2026.

A pasta afirma que a transição será gradual, permitindo a adaptação de estados, municípios e revendas. Com o novo modelo, o governo pretende dar maior autonomia às famílias e reduzir o custo logístico do programa anterior, transformando a compra de gás em um processo mais ágil e digitalizado.

O que muda em relação ao Auxílio Gás

O novo modelo troca o repasse em dinheiro por um vale que autoriza a recarga gratuita do botijão em revendedoras habilitadas. Nesse período, quem já recebe o Auxílio Gás continua recebendo o valor durante a migração.

Outro detalhe é que o programa prioriza beneficiários do Bolsa Família, garantindo atendimento contínuo a essa população.

Critérios de elegibilidade

O governo seleciona os beneficiários pelo CadÚnico, com renda per capita mensal de até meio salário-mínimo, hoje R$ 759, priorizando quem recebe o Bolsa Família. Inconsistências cadastrais podem excluir a família do sistema e impedir o acesso ao benefício.

O CPF do responsável pela família precisa estar regular para o recebimento, e o governo realiza revisões periódicas de elegibilidade para garantir o atendimento a quem realmente precisa.

Como se inscrever e retirar o botijão

A família deve procurar um CRAS ou posto municipal para ingressar no CadÚnico de forma gratuita. É importante manter os dados atualizados em bases como a Receita Federal e a Justiça Eleitoral, pois divergências podem impedir o ingresso ou a manutenção do benefício.

Após a aprovação no Gás do Povo, o beneficiário vai até a revenda credenciada mais próxima, apresenta o vale e sai com a recarga sem desembolso. Se não houver ponto no município, a orientação é ir ao município mais próximo.

Um aplicativo do governo trará a lista atualizada das lojas para facilitar a identificação. Além disso, as revendas participantes terão uma identidade visual padronizada do programa.

Formas de validação no ponto de venda

• Cartão do Bolsa Família com validação eletrônica.
• Cartão de débito da Caixa, o cartão “Gás do Povo”, para quem não tem smartphone.
• CPF do beneficiário validado na maquininha da Caixa da revenda de GLP.
• QR Code ou código no celular; a partir de fevereiro de 2026, código gerado no aplicativo Gás do Povo.

Quantidade de botijões por ano

Informações iniciais indicam até seis botijões por ano para famílias, com validade de dois a três meses para cada vale. Confira as regras:

• Famílias com 2 ou 3 integrantes: até 4 botijões por ano, com validade de 3 meses para cada vale.
• Famílias com 4 ou mais integrantes: até 6 botijões por ano, com validade de 2 meses para cada vale.

O Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Fazenda calculam o preço de referência por Unidade da Federação, com base em dados da ANP, no âmbito do Comitê Gestor. O valor passa por atualizações periódicas.

O preço de referência não inclui frete nem vasilhame. Se a recarga custar menos que a referência, não há troco nem crédito.