Comportamento 14/04/2024 10:00

Ciência da Felicidade: é possível aprender a ser feliz? Uma universidade britânica diz que sim

Aulas aumentam em pelo menos 10% a sensação de bem-estar, dizem os autores de estudo de acompanhamento dos participantes

Em 2018, a Universidade de Bristol (Inglaterra) começou a oferecer um curso insólito: Ciência da Felicidade. Ser feliz pode ser aprendido na escola? Esta questão foi o pontapé inicial do programa.

Agora, depois de acompanhar os alunos, a direção do curso tem a resposta: Sim. É realmente possível aprender a ser feliz.

O curso não é uma atividade típica de universidade.

Não há trabalhos ou provas. Em vez disso, concentra-se em ensinar aos alunos o que os mais recentes estudos revisados ​​por pares em psicologia e neurociência sugerem que realmente deixa as pessoas felizes.

Com o curso, os professores já tinham percebido que apresentar os estudos científicos centrados na felicidade resulta numa melhoria notável no bem-estar. Mas aqui está o X da questão.

Os benefícios, neste caso, têm curta duração. O acompanhamento dos matriculados notou que os efeitos são mais duradouros em que pratica “atividades extracurriculares”. É preciso que os alunos mantenham a longo prazo os hábitos, baseados em evidências científicas, ensinados durante o curso: gratidão, exercício, meditação e outros.

“É como ir à academia. Não podemos esperar fazer uma aula e ficar em forma para sempre. Tal como acontece com a saúde física, temos de trabalhar continuamente na nossa saúde mental, caso contrário as melhorias serão temporárias”, disse o professor e autor do estudo, Bruce Hood, de acordo com artigo no site “Study Finds”.

Os alunos que fizeram o curso de Felicidade relataram uma melhoria de 10% a 15% no bem-estar. No entanto, apenas aqueles que continuaram a implementar o que aprenderam durante o curso relataram uma melhoria sustentada no bem-estar ao serem novamente entrevistados dois anos após concluírem a participação.

Abaixo, veja alguns achados ensinados no curso de Ciência da Felicidade:

  • Conversar com estranhos nos deixa mais felizes, apesar de a maioria das pessoas evitar ou até temer tais encontros.
  • A mídia social não é ruim para todos o tempo todo, mas pode ser ruim para quem se importa muito com a sua reputação.
  • A solidão afeta nossa saúde ao prejudicar o sistema imunológico.
  • O otimismo aumenta a expectativa de vida.
  • Dar presentes a outras pessoas ativa os centros de recompensa no nosso cérebro – em muitos casos proporcionando mais felicidade do que gastar dinheiro consigo mesmo.
  • A privação do sono afeta o quanto os outros gostam de nós.
  • Caminhar na natureza desativa parte do cérebro relacionada à ruminação negativa, associada à depressão.
  • Bondade e felicidade mostram uma correlação.

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Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista