Jornalismo 29/02/2024 10:04

Jornalistas se reúnem para viver momentos nostálgicos

Um grupo de boêmios nostálgicos das redações quer ver os jornalistas natalenses – de variadas gerações – juntos novamente. A velha e a nova guarda foram convocadas para um encontro neste sábado (02)

Em um passado nem tão distante, dizia-se que o terceiro expediente do jornalista era no bar.

Esse momento de descontração pós trabalho marcou toda uma geração, a ponto de se tornar uma confraria em Natal.

Os tempos mudaram, os encontros foram rareando, até sumirem. Mas um grupo de boêmios nostálgicos das redações quer ver os jornalistas natalenses – de variadas gerações – fazendo de novo o que mais gostam: comunicação.

A velha e a nova guarda foram convocadas para um encontro que acontecerá neste sábado (02), no Iate Clube, a partir das 11h.

“Promete ser um grande reencontro. As pessoas querem se rever, trocar ideias, falar sobre jornalismo e outros assuntos, claro. Essa cultura de redação está um tanto desaparecida hoje em dia, mas podemos retomá-la”, afirma Alex Medeiros, um dos idealizadores do encontro.

A base da reunião são os jornalistas que já passaram pelas redações do Diário de Natal/O Poti (fechado em 2012), O Jornal de Hoje, e Tribuna do Norte.

“Mas está aberto para colegas de qualquer outro veículo. Não precisa ter trabalhado nesses locais”, ressalta.

O “happy-hour” jornalístico é uma tradição antiga, mas a referência da geração de Alex Medeiros é o Bar do Lourival, um simpático boteco que ficava em frente ao Diário de Natal.

“Ia todo mundo pra lá fazer a resenha do dia, nos anos 80. Os jornalistas da TN subiam a ladeira e também se juntava a nós”, conta. Até que o lugar ficou pequeno demais para o tanto de gente, e a turma se mudou para o restaurante Cuxá, em Lagoa Nova.

O jornalista Alex Medeiros é um dos organizadores do encontro – Foto: Júnior Santos

No Cuxá, a turma de jornalistas já podia ser chamada de uma autêntica confraria.

O dia favorito era o sábado, momento oficial de lazer após o “pescoção” (o fechamento do jornal, no jargão das redações), que começava no final da manhã e poderia ir até a meia-noite.

As reuniões ficaram tão badaladas, segundo Alex, que até publicitários e políticos começaram a chegar junto.

Assunto era o que não faltava.

A confraria no Cuxá durou 20 anos, até o restaurante fechar.

Depois o grupo ficou sem sede fixa, pousando em diferentes lugares, até se dispersar aos poucos.

As mudanças nas redações, com o fechamento ou enxugamento de várias, também contribuiu para a pausa.

O pontapé para retomar os encontros partiu da jornalista Salésia Dantas, viúva de um confrade querido da turma, que insistiu junto aos velhos amigos para um “revival” das animadas reuniões.

“A gente lançou a ideia num grupo de amigos, e fomos surpreendidos pela grande adesão de pessoas. Muita gente queria esse encontro, só faltava a iniciativa”, diz Alex.

O Iate Clube recebeu bem a ideia, e os jornalistas também.

O local tem uma das melhores vistas de Natal, ao lado do rio Potengi, serviço de bar e restaurante, e música ao vivo a partir das 13h30.

Alex afirma que a interação faz parte da atividade jornalística, não só como trabalho, mas também como estilo de vida.

Ele conta que durante a década de 90, até competições de futebol eram realizadas entre os veículos de comunicação da cidade – jornais, rádio e televisão, brincando e interagindo, criando um clima sem igual entre os profissionais.

A ideia agora, é o reencontro entre amigos, e o encontro com as novas gerações.

Serviço:
Encontro de jornalistas no Iate Clube. Sábado (02), a partir das 11h, no Iate Clube.

Interessados devem entrar em contato com os organizadores.

Deu em Tribuna do Norte

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista