Comércio 01/02/2021 06:56

Fecomércio-RJ defende volta do auxílio e prevê colapso econômico em 2021

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-RJ, em janeiro, apontou que um terço dos empresários do estado acredita que a situação vai piorar com o fim do auxílio emergencial.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-RJ, em janeiro, apontou que um terço dos empresários do estado acredita que a situação vai piorar com o fim do auxílio emergencial.

Para o presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, é fundamental que passada a eleição do Congresso o tema volte a ser debatido e que uma solução seja encontrada.

“Espero que no minuto seguinte voltemos a tratar de um pacote econômico para salvar 2021”, disse em entrevista à coluna. “Quando pedimos a volta desse benefício, não é uma reclamação abstrata. Os números mostram o impacto dessa medida. A decisão será do governo e do Congresso”.

Segundo ele, o auxílio emergencial é fundamental para o comércio.

“Sem o auxílio, como mostrou uma pesquisa recente do Datafolha, quase 70% das pessoas beneficiadas não encontraram uma outra fonte de renda. Ou seja, sem ele o horizonte é de uma forte depressão nas vendas do comércio, o que impacta os demais setores”, diz.

Na visão de Queiroz Junior, é fundamental que o governo comece a tirar do papel novas medidas econômicas, sob o risco de um agravamento da situação econômica ainda pior do que 2020.

“O Brasil corre o sério risco de entrar em colapso econômico em 2021 se o governo demorar e não tomar medidas como tomou no ano passado. As pessoas e as empresas não podem ficar à deriva”, diz.

O executivo afirma que, apesar de um segundo semestre de 2020 com sinais de recuperação, a situação neste início de ano para o setor está “tão ou mais dura do que no auge de 2020”.

“Precisamos agir e retomar ações que serviram para atenuar o impacto socioeconômico, sob risco de crescente quebra de companhias e desemprego, com perda de receita pelas famílias. Contrariando o prognóstico oficial, a epidemia não está no finalzinho e gerou danos crônicos aos setores produtivos. Existe uma séria chance de 2021 ser um ano de uma crise sem precedentes até para os nossos padrões, seja em razão da pandemia, seja pela miséria de uma pane social”, afirma.

Deu em UOL

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista