Um ano após 1ª morte na China, origem do vírus continua uma incógnita - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Saúde 11/01/2021 05:17

Um ano após 1ª morte na China, origem do vírus continua uma incógnita

É o enigma científico mais urgente do mundo, mas os especialistas alertam que uma resposta plausível para a origem do coronavírus pode nunca ser encontrada, após meses de investigações marcadas pela desorganização, sigilo da China e ressentimentos.

Um ano após 1ª morte na China, origem do vírus continua uma incógnita

É o enigma científico mais urgente do mundo, mas os especialistas alertam que uma resposta plausível para a origem do coronavírus pode nunca ser encontrada, após meses de investigações marcadas pela desorganização, sigilo da China e ressentimentos.

Sábado marcou um ano desde a primeira morte confirmada por coronavírus na China, a de um homem de 61 anos que costumava frequentar o agora tristemente famoso mercado de peixes de Wuhan.

Quase dois milhões de mortes depois, a pandemia está fora de controle em todo o mundo e causou dezenas de milhões de doentes, o colapso da economia mundial e levou a uma infinidade de disputas e acusações entre os países.

A China, que controlou amplamente a pandemia em seu solo, continua a impedir as tentativas independentes de averiguar as origens do vírus e de responder à questão central de como ele foi transmitido dos animais para os humanos.

Há pouca dúvida de que o vírus apareceu em dezembro de 2019 em um mercado de peixes na cidade de Wuhan, no centro da China, onde animais silvestres eram vendidos para consumo, e acredita-se que o patógeno tenha aparecido em uma espécie não identificada de morcego.

Mas as investigações terminam aí, conforme tropeçam em uma miscelânea de pistas que sugerem que o vírus pode ter se originado anteriormente, fora de Wuhan, ou de teorias da conspiração – incentivadas pelo presidente americano Donald Trump – que apontam que o coronavírus teria sido criado em um laboratório de Wuhan.

Estabelecer a origem é vital para impedir futuros surtos, dizem os virologistas.

Essa pista pode definir o tom para as decisões políticas sobre se devemos sacrificar populações animais, colocar em quarentena pessoas afetadas ou limitar a caça de animais selvagens ou o contato humano-animal.

“Se pudermos identificar por que [os vírus] continuam surgindo, poderemos reduzir as causas subjacentes” que os causam, afirma Peter Daszak, presidente da EcoHealth Alliance, uma ONG focada na prevenção de doenças infecciosas.

Deu no UOL

Ricardo Rosado de Holanda
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