O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth (foto), afirmou nesta quinta-feira, 23, que o governo Trump dará aos cartéis latino-americanos o mesmo tratamento aplicado às organizações terroristas Al-Qaeda e Estado Islâmico.
Em coletiva de imprensa com o presidente Donald Trump e demais secretários, Hegseth destacou que os cartéis foram classificados como organizações terroristas designados por meio de uma ordem executiva
Ele lembrou um comentário de Trump em que o republicano definiu os cartéis como a “Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental”.
“Eles foram designados organizações terroristas designadas. Organizações terroristas estrangeiras designadas. Nossa geração passou a boa parte das últimas duas décadas caçando a Al-Qaeda, caçando o ISIS [Estado Islâmico].
O presidente [Donald Trump] disse: ‘Esses são o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental’. Eles intimidam, eles aterrorizam, eles extorquem, eles envenenam o povo americano. O presidente está certo. Cada barco que a gente ataca são 25 mil americanos que têm as vidas salvas.“
Hegseth deixou uma mensagem dura às quadrilhas:
“Nossa mensagem para essas organizações terroristas estrangeiras designadas: nós vamos tratar vocês como tratamos a Al-Qaeda. Nós vamos encontrar você, vamos mapear suas redes, vamos caçar você e vamos matar você (…) Sabemos exatamente quem são essas pessoas, nós sabemos com quem fazem network, onde vão, de onde foram originados. E eles sabem que sabemos.”
“O Departamento de Guerra irá enfrentar e derrotar essas organizações criminosas para proteger o povo americano”, concluiu.
Declaração de guerra
Questionado sobre a necessidade de uma declaração de guerra ao Congresso, Trump relativizou:
“Bem, eu não acho que devemos pedir necessariamente uma declaração de guerra. Eu acho que nós vamos apenas matar pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país, ok? Nós vamos matar deles, entendeu? Eles estarão mortos.”
A coletiva serviu também para fazer um balanço das ações tomadas contra cartéis e o tráfico de drogas dentro dos EUA.
Entre os presentes, estavam a procuradora‑geral Pam Bondi, a secretária de Segurança Interna Kristi Noem e outros integrantes do governo.

