Pesquisadores criam “super vacina” que combate câncer em estágio mais avançado - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Saúde 20/10/2025 09:13

Pesquisadores criam “super vacina” que combate câncer em estágio mais avançado

Pesquisadores criam “super vacina” que combate câncer em estágio mais avançado

Pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst (UMass Amherst), nos Estados Unidos, anunciaram a criação de uma vacina experimental que combate câncer de vários tipos, incluindo os em estágios mais avançados.

A descoberta, publicada na revista científica Cell Reports Medicine, apresentou resultados promissores em testes realizados com camundongos.

A chamada “super vacina” foi eficaz contra tumores de melanoma, pâncreas e mama, conseguindo não apenas eliminar as células cancerígenas, mas também impedir a disseminação da doença.

A tecnologia usa um sistema inovador de nanopartículas que estimula o sistema imunológico a reconhecer e atacar o tumor. Para os cientistas, o método pode representar uma nova geração de vacinas capazes de tratar e até prevenir o surgimento de diferentes tipos da doença.

Tecnologia 

A vacina foi desenvolvida a partir de nanopartículas lipídicas projetadas para funcionar como um “super adjuvante”, um reforço que aumenta a resposta do sistema imunológico.

Segundo os pesquisadores, essa tecnologia ativa diferentes vias de defesa do corpo, fazendo com que ele reconheça as células cancerígenas como uma ameaça.

O conceito surgiu de estudos anteriores da professora Prabhani Atukorale, que já havia demonstrado o potencial das nanopartículas no combate a tumores. O novo trabalho expandiu essas descobertas e mostrou que o método também pode ter efeito preventivo.

Durante os testes, a vacina estimulou fortemente a produção de células T específicas para tumores, responsáveis por atacar e eliminar as células doentes. Essa resposta imunológica intensa foi apontada como um dos principais fatores para o aumento nas taxas de sobrevivência observadas.

Resultados impressionantes

Nos experimentos com camundongos, os resultados chamaram atenção pela eficácia. Em casos de melanoma, 80% dos animais vacinados permaneceram livres de tumores durante todo o período do estudo, que durou 250 dias. Já os que receberam vacinas convencionais, ou não foram vacinados, desenvolveram a doença e não ultrapassaram 35 dias de vida.

Em outros testes, 88% dos camundongos eliminaram completamente tumores de pâncreas, 75% venceram o câncer de mama e 69% destruíram tumores de melanoma. Além disso, nenhum dos animais vacinados apresentou metástase.

Os pesquisadores destacaram que o grande diferencial está na ativação simultânea de várias vias imunológicas. “Ao projetar essas nanopartículas para agir de forma coordenada com os antígenos do câncer, conseguimos prevenir o crescimento dos tumores com taxas de sobrevivência notáveis”, afirmou a professora Atukorale.

Após os resultados promissores em animais, a equipe pretende avançar para estudos clínicos em humanos. O objetivo é avaliar a segurança e a eficácia da vacina em diferentes tipos de câncer e em estágios variados da doença.

Deu em Sónotíciaboa
Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista