Oposição aposta em Nunes Marques para tornar Bolsonaro elegível se anistia for parcial - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
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Política 08/09/2025 05:55

Oposição aposta em Nunes Marques para tornar Bolsonaro elegível se anistia for parcial

Oposição aposta em Nunes Marques para tornar Bolsonaro elegível se anistia for parcial

Parlamentares de oposição, aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), têm um plano B caso a anistia aprovada pelo Congresso Nacional não retome os direitos políticos do ex-mandatário, réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo aliados, se isso acontecer, eles consideram que terão a ajuda do ministro do STF Kássio Nunes Marques no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em 2026. Indicado por Bolsonaro ao STF, Marques assumirá a presidência da Corte Eleitoral no próximo ano.

Aliados contam ainda com o voto de outro ministro indicado por Bolsonaro ao STF: André Mendonça. Sobre os demais votos, a ala considera que conseguirá a adesão a partir de um movimento interno desses dois ministros.

Isso, é claro, se o ideal de projeto não passar pelo Congresso. Na Câmara, tramita um projeto de anistia aos presos pelos atos extremistas do 8 de Janeiro, mas, apesar de o texto não ter um relatório final, a ideia é aprovar uma anistia geral, que inclua Bolsonaro e investigados no inquérito das fake news, além do perdão à condenação eleitoral do ex-presidente.

“A gente é muito consciente que a elegibilidade a gente tem como resolver com o ministro Kássio Nunes no ano que vem, quando ele sentar na cadeira de presidente do TSE. É muito mais fácil com o presidente você buscar algum tipo de solução jurídica, mas nós não vamos já de início ceder. Nós vamos brigar por tudo, depois a gente vai pensar no que faz”, afirmou o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Em junho de 2023, o TSE declarou Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros em 18 de julho de 2022.

Na ocasião, apenas Marques e o ministro Raul Araújo votaram para manter Bolsonaro elegível. Segundo eles, o evento com embaixadores não foi “capaz de minimamente perturbar a legitimidade e a normalidade de um pleito do tamanho da eleição presidencial”.

Anistia ganha articulação de Tarcísio diretamente com Motta

Nesta semana, a anistia ganhou fôlego na Câmara dos Deputados com a articulação direta e presencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O governador passou dois dias em Brasília e teve um encontro com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), na quarta-feira (3), para tratar sobre o assunto.

Um dia antes, ele angariou o apoio do Republicanos ao projeto. Assim, o partido de junta ao PP, União, PL e Novo na pressão em prol da proposta.

Apesar de ainda não ter um cronograma, ideia é que o texto seja apreciado apenas depois do julgamento de Bolsonaro no STF, que termina em 12 de setembro.

Nesta semana, Motta se reuniu com Sóstenes a fim de entender o mapa de votos que o projeto terá. Na próxima semana, o líder do PL pretende se reunir com as lideranças que apoiem o projeto para criar o mapa.

Além disso, há possibilidade de Motta já definir um relator, mas de partido de centro. A oposição ainda considera ter alguns votos do MDB e do PSD, que não declararam apoio formal ao projeto.

Perguntas e Respostas

Qual é o plano da oposição em relação à anistia para Jair Bolsonaro?

Parlamentares de oposição, aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, têm um plano B caso a anistia aprovada pelo Congresso não retome os direitos políticos do ex-mandatário, que é réu no STF por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Como a oposição pretende garantir a elegibilidade de Bolsonaro?

Se a anistia não for total, a oposição conta com a ajuda do ministro do STF Kássio Nunes Marques, que assumirá a presidência do TSE em 2024. Eles também esperam o voto do ministro André Mendonça, outro indicado por Bolsonaro ao STF.

Qual é o status do projeto de anistia na Câmara dos Deputados?

Na Câmara, tramita um projeto de anistia para os presos pelos atos extremistas de 8 de janeiro. O texto ainda não possui um relatório final, mas a intenção é aprovar uma anistia geral que inclua Bolsonaro e outros investigados, além de buscar o perdão da condenação eleitoral do ex-presidente.

O que disse o líder do PL sobre a elegibilidade de Bolsonaro?

O líder do PL, deputado Sóstens Cavalcante, afirmou que a elegibilidade pode ser resolvida com Kássio Nunes no TSE e que a oposição não pretende ceder facilmente, lutando por todas as possibilidades.

Qual foi a decisão do TSE sobre a elegibilidade de Bolsonaro?

Em junho de 2023, o TSE declarou Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder político. Na votação, apenas Kássio Nunes Marques e o ministro Raul Araújo votaram para mantê-lo elegível, argumentando que o evento com embaixadores não afetou a legitimidade da eleição.

Como a anistia ganhou força na Câmara?

A anistia ganhou impulso na Câmara com a articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para discutir o projeto e conseguiu o apoio do Republicanos.

Qual é o próximo passo para o projeto de anistia?

Ainda não há um cronograma definido, mas a expectativa é que o projeto seja apreciado após o julgamento de Bolsonaro no STF, que termina em 12 de setembro. O presidente da Câmara, Hugo Motta, está se reunindo com líderes para entender o mapa de votos e pode definir um relator em breve.

Quais partidos estão envolvidos na pressão pela anistia?

Além do Republicanos, outros partidos como PP, União, PL e Novo estão pressionando pela proposta. A oposição também acredita que pode contar com alguns votos do MDB e do PSD, que ainda não declararam apoio formal ao projeto.

Deu em R7

Ricardo Rosado de Holanda
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Descrição Jornalista