Sem categoria 08/04/2014 18:23
“O prédio tinha alvará de funcionamento e estava todo legalizado”, dizem ex-proprietárias
Por Ciro Marques
Discretas e silenciosas, as médicas Mariene de Assis Barradas e Merister Maia de Moraes compareceram ao prédio anexo do Ministério Público do RN, na tarde de hoje (8), para prestar depoimento sobre o prédio que elas venderam para o MP em 2008, no Centro de Natal, e que depois foi abandonado pelo órgão.
Foram, aproximadamente, 45 minutos de depoimento ao promotor do Patrimônio Público, Emanuel Dhayan, que está a frente da investigação sobre o polêmico negócio que consumiu R$ 850 mil dos cofres públicos.
E, conforme as ex-proprietárias se pronunciaram após o contato com o promotor, o prédio foi vendido de forma legal e estava em perfeitas condições de funcionamento, inclusive, com um alvará dado pela Prefeitura de Natal.
Na verdade, não foi bem as duas que se pronunciaram para a imprensa local após o depoimento. Elas não falaram. Foi a advogada das duas, Maisa Cavalcanti, que se pronunciou, representando-as.
“A única coisa que temos a dizer é que a venda foi legal e a destinação do imóvel, as proprietárias desconhecem”, afirmou Cavalcanti que, em seguida, abriu uma exceção e respondeu a um questionamento seguinte feito pelos jornalistas: “o prédio tinha alvará de funcionamento e estava todo legalizado”.
Perguntas posteriores não foram respondidas. A advogada não quis expor, ainda mais, as duas médicas, que tinham feito questão de ir prestar depoimento para esclarecer o caso, mesmo uma delas (Merister) nem ter sido notificada oficialmente.
“A gente achava que só seria uma que prestaria depoimento, porque a outra nós não encontramos no nosso banco de dados”, afirmou o funcionário do MP, em contato sigiloso com a imprensa que foi ao local.
De qualquer forma, o questionamento que fica diante dessa situação é: se o prédio tinha alvará de funcionamento, estava legal e a compra foi toda “ok”, como o Ministério Público não conseguiu dar destinação ao imóvel? Como o MP não conseguiu utiliza-lo como sede das promotorias criminais, como era o objetivo do órgão ao abrir os cofres públicos e retirar, de lá, R$ 850 mil?
Afinal, o MP afirmou que não pôde utilizar o imóvel, justamente, porque não foi possível conseguir o alvará de funcionamento dele – alvará este, ressalta-se, que as proprietárias já tinham, por usarem o prédio como clínica médica. Bom, pelo menos, foi isso que os ex-procuradores-gerais de justiça, José Augusto Peres e Manoel Onofre Neto, afirmaram ao tentar explicar o porquê da não utilização do imóvel nesses últimos seis anos.
Silêncio
Procurado ao final do depoimento para falar sobre o que colheu das duas médicas, o promotor Emanuel Dhayan não quis falar. Disse que se comunicaria só depois, por meio da imprensa. Além das ex-proprietárias, os ex-procuradores-gerais e o atual procurador geral de justiça, Rinaldo Reis, também prestarão esclarecimentos. Isso, porém, ocorrerá por meio de texto escrito enviado para a 60ª promotoria de Justiça, que apura o caso.
Descrição Jornalista
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