Estudo de Harvard aponta as 6 profissões com maiores índices de infelicidade - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Felicidade 06/10/2025 07:42

Estudo de Harvard aponta as 6 profissões com maiores índices de infelicidade

Estudo de Harvard aponta as 6 profissões com maiores índices de infelicidade

Uma pesquisa da Universidade de Harvard acompanhou mais de 700 pessoas por 85 anos para descobrir como a carreira e o dia a dia moldam a felicidade.

O estudo conectou a rotina de trabalho, saúde emocional e vínculos sociais, além de identificar funções profissionais com maior propensão a frustrações prolongadas.

Robert Waldinger, diretor da pesquisa, destaca que a qualidade das relações interpessoais tem impacto maior no bem-estar do que dinheiro ou status. Conexões positivas não apenas aliviam tensões, como também fortalecem a satisfação pessoal e profissional.

O levantamento reforça uma lição simples, porém poderosa: o sucesso não se mede apenas pelo cargo, mas pelos laços que construímos. Focar em relações humanas sólidas pode ser o caminho mais eficaz para uma vida plena e equilibrada.

Método e resultados da pesquisa

O trabalho integra o Harvard Study of Adult Development, referência em longevidade e felicidade.

Os pesquisadores analisaram fatores como carga horária exaustiva, estresse contínuo, isolamento e ausência de crescimento. Além disso, avaliaram a repetitividade, a pouca interação social, o esforço constante e as jornadas noturnas.

Carreiras com pouca interação social e sem um propósito claro tendem a aumentar a tristeza. Nesse cenário, a repetição de tarefas drena a motivação e o sentido.

Por outro lado, equipes colaborativas e rotinas variadas atenuam o estresse e fortalecem a sensação de pertencimento.

Profissões com maior sinal de insatisfação

O ranking destacou seis ocupações associadas ao maior descontentamento, sobretudo pela combinação de monotonia, pressão e poucas perspectivas. Além disso, a desconexão entre tarefa e propósito ampliou a frustração. Veja os cargos e as razões mais recorrentes:

  1. Atendimento ao cliente — estresse frequente.
  2. Analista de dados — atividades repetitivas e isolamento.
  3. Caixa — estresse, baixos salários e jornadas exaustivas.
  4. Professor — carga horária elevada e baixa remuneração.
  5. Engenheiro de projetos — repetitividade e desconexão das atividades técnicas.
  6. Técnico de farmácia — poucas oportunidades de avanço e monotonia.

Vínculos superam remuneração

Waldinger ressalta que laços de confiança e apoio formam a base da satisfação, independentemente do cargo. Assim, conexões positivas protegem contra o desgaste crônico.

Além disso, feedbacks frequentes e colaboração ativa reduzem a sensação de isolamento e sustentam o engajamento.

À medida que novas evidências se acumulam, a centralidade das conexões humanas torna-se indisputável. Assim, equilibrar demandas profissionais e vínculos de qualidade torna-se o passo decisivo rumo a uma vida mais feliz, independentemente da carreira escolhida.

Deu em Capitalist
Ricardo Rosado de Holanda
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