Eleições 29/08/2024 08:50
Estratégia de Pablo Marçal dá um nó na Justiça
Influenciador recorre a perfis de apoiadores à sua campanha para a Prefeitura paulistana e, dessa forma, consegue contornar a decisão do TRE-SP, que suspendeu suas contas nas redes sociais
O influenciador Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, utiliza nas redes sociais uma estratégia que envolve uma comunidade ativa e engajada, na qual os integrantes participam de competições para criar e compartilhar conteúdos virais de divulgação do “coach”.
Ele abriu um canal no Discord, o “Cortes do Marçal”, que funciona como um grande grupo de troca de mensagens e de conteúdos variados. Com mais de 152 mil membros, essa comunidade tornou-se o ponto central para a disseminação de vídeos e de outros materiais relacionados à corrida eleitoral.
Nessa comunidade, são organizadas competições remuneradas, nas quais cada participante é incentivado a criar e compartilhar cortes relacionados à participação Marçal em entrevistas, lives, palestras e debates.
Os vídeos que mais viralizam são remunerados com valores estabelecidos conforme uma tabela, composta por premiações diárias que começam em R$ 50 em vão até R$ 200 para os três cortes que gerem mais visualizações.
Na disputa mensal, os valores vão de R$ 500 a até R$ 10 mil para as 30 primeiras contas com mais visualizações de vídeos sobre Marçal.
Em entrevista ao podcast Ticaracaticast — apresentado por Bola e Carioca, ex-integrantes do programa humorístico Pânico —, o influenciador explicou que ensina os usuários do Discord a cortarem vídeos para divulgá-lo. “Você pode fazer R$ 10 mil por mês. Tem gente que já fez R$ 400 mil com meus cortes”, garantiu.
Marçal causa impacto devido ao tom de urgência dos cortes — observa Daniel Costa, head de marketing do Grupo Impacta Tecnologia.
“Ele aplica os gatilhos mentais para a viralização do conteúdo por meio da sensibilização do público e da sua eloquente oratória. Cria o caos em diversos assuntos, fazendo com que os conteúdos sejam muito assistidos e comentados, gerando audiência para seu nome”, analisa.
Daniel, porém, faz uma advertência.
“É importante frisar que quando não se tem um filtro na mesma velocidade em que o material é divulgado, há o risco de não ter informações validadas e verificadas. Assim, pode culminar em fake news, pois o conteúdo é feito por pessoas sem identidade comprovada, e não por um perfil oficial”, alerta.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou a suspensão dos perfis de Marçal nas redes sociais até o fim das eleições municipais, em outubro.
Atendeu a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo PSB, partido da também candidata à Prefeitura paulistana Tabata Amaral.
A liminar foi concedida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. A principal acusação contra Marçal é de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
O PSB argumenta que o influenciador teria pagado colaboradores para produzir e divulgar cortes de seus vídeos nas redes, prática que, supostamente, impulsionou artificialmente sua imagem e beneficiou sua campanha eleitoral.
Para contornar a decisão, Marçal vem utilizando perfis reservas nas redes. Argumenta que sua estratégia é legítima e que está sendo alvo de perseguição política.
A ação que suspendeu as contas principais do influenciador não afetou a do Discord, mas o impediu de realizar competições que premiem financeiramente perfis que divulguem sua campanha.
Apesar de não haver remuneração ou disputa, vídeos continuam sendo publicados por meio do método ensinado no grupo do Discord. Na última terça- feira, foram postados mais de 150 links de vídeos, em diversas redes sociais, relacionados à campanha de Marçal.
Gabriel Galhardo, administrador do grupo do Discord e funcionário da empresa da qual o influenciador é sócio, a PLX Digital, postou um vídeo no qual o também administrador e coordenador da PLX Jefferson Zantut surge amordaçado sobre um fundo preto — e afirma que a ação judicial é um ato de censura e que não a acatará.
Zantut vai além: diz que vão levantar um “exército de generais que buscam a prosperidade”, promovendo uma mentoria para instruir pessoas que queiram fazer cortes e participar de competições.
Como Marçal está impedido de recompensar financeiramente quem produzir vídeos sobre a campanha, os administradores do “Cortes do Marçal” estão promovendo uma competição sobre cortes de Renato Cariani — também influenciador digital e réu por tráfico de drogas, que aparece ao lado de Marçal em vários vídeos no YouTube.
Deu no Correio Braziliense
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