O estado de Idaho (EUA) aprovou na segunda-feira (20/3) o retorno de execuções por pelotão de fuzilamento enquanto enfrenta dificuldade para obter substâncias letais consideradas adequadas para pôr fim à vida dos detentos no corredor da morte.
A votação do Legislativo de Idaho, considerado um dos estados mais conservadores dos EUA, teve 24 votos a favor e 11 contra.
A medida, em caráter de urgência, ocorre quando as empresas farmacêuticas continuam a impedir o governo dos EUA de obter seus produtos para execuções, alegando que os medicamentos foram projetados para salvar vidas, não para tirá-las.
Um prisioneiro, relata a agência AP, já teve sua execução remarcada várias vezes enquanto Idaho luta para encontrar as drogas necessárias para realizar o procedimento mortal.
Agora, graças à nova lei, os prisioneiros nessas circunstâncias podem ser fuzilados, uma prática comum no estado décadas atrás.
De acordo com o senador republicano Doug Ricks, que co-patrocinou o projeto de lei, o processo para encontrar as drogas necessárias para execuções pode continuar “indefinidamente”, o que, segundo ele, acelerou a busca por alternativas. O parlamentar classificou o fuzilamento como uma maneira “humanitária” de morrer.
“Esta é uma questão de estado de direito. Nosso sistema criminal deve funcionar e as penalidades devem ser aplicadas”, disse Ricks de acordo com o “East Idaho News”.
Oklahoma, Utah, Mississippi e Carolina do Sul já garantiram a morte por pelotão de fuzilamento como método alternativo de execução. Utah foi o último estado dos EUA a realizar uma execução por pelotão de fuzilamento, em 2010.