Deputados aprovam projeto de lei que proíbe linguagem neutra nas escolas do RN - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
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Assembleia 12/11/2023 19:00

Deputados aprovam projeto de lei que proíbe linguagem neutra nas escolas do RN

Texto também proíbe uso de linguagem neutra em documentos oficiais e em concursos públicos. Projeto de Rondônia foi considerado inconstitucional pelo STF.

Deputados aprovam projeto de lei que proíbe linguagem neutra nas escolas do RN

Os deputados estaduais do Rio Grande do Norte aprovaram por maioria de votos, nesta quinta-feira (9), um projeto de lei que proíbe o uso de linguagem neutra nas escolas e em concursos realizados no estado.

O projeto foi aprovado com oito votos sim e quatro votos não. O texto segue para sanção, ou não, da governadora Fátima Bezerra (PT).

Segundo o texto da lei, fica “expressamente proibida” a denominada linguagem neutra na grade curricular e no material didático a ser utilizado nas escolas públicas e privadas do estado.

O documento também proíbe a linguagem em documentos oficiais da administração pública dos municípios e do estado, bem como em editais e provas de concursos.

Antes da votação, o projeto gerou debate no plenário da casa.

As deputadas Isolda Dantas (PT) e Divaneide Basílio (PT) afirmaram que a matéria excluiria  as mulheres, visto que, segundo elas, professores não poderiam falar “todos e todas” na sala de aula.

Autor do projeto, o deputado Coronel Azevedo (PL), afirmou que o projeto não exclui as palavras femininas, mas aquelas consideradas neutras, como “todes” e as que substituem as letras “o” e “a” também pelo X.

“Essa é uma questão defendida pela Academia Brasileira de Letras. A nossa preocupação é preservar o idioma Português. O Brasil é signatário de um tratado internacional de países da lingua Portuguesa. A linguagem neutra é um modismo, já foi proibida em vários países”, disse.

STF considerou lei de outro estado inconstitucional

Em fevereiro, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional uma lei do Estado de Rondônia que proibia linguagem neutra em instituições de ensino e editais de concursos públicos.

Por unanimidade, a Corte entendeu que a norma violava a competência legislativa da União para editar normas gerais sobre diretrizes e bases da educação. Esse entendimento limitou-se à análise sobre a competência para editar lei sobre a matéria.

A lei de Rondônia estava suspensa desde novembro de 2021 por liminar deferida pelo relator, ministro Edson Fachin.

Deu em G1/RN

Ricardo Rosado de Holanda
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