Com Botafogo em crise financeira, como Textor tenta comprar clube na Inglaterra? Entenda - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Futebol 28/10/2025 14:54

Com Botafogo em crise financeira, como Textor tenta comprar clube na Inglaterra? Entenda

Com Botafogo em crise financeira, como Textor tenta comprar clube na Inglaterra? Entenda

No Botafogo, o momento é de corte de gastos.

A diretoria, por exemplo, vive impasse com o elenco quanto ao pagamento da premiação da Copa do Mundo de Clubes.

Por isso, causou surpresa entre os torcedores a notícia de que o dono da SAF alvinegra, John Textor, fez proposta de US$ 200 milhões (R$ 1,07 bilhão) para comprar o Wolverhampton, da Inglaterra.

Com os problemas financeiros do Botafogo, que precisa de R$ 350 milhões de investimento para o primeiro semestre de 2026, como Textor buscou dinheiro para fazer a proposta ao clube inglês?

ge apurou que o americano conta com um investidor, cujo nome é mantido em sigilo, para tentar comprar o Wolverhampton.

Esse investidor teria interesse apenas em comprar um clube inglês, sem que o dinheiro pudesse ser usado no Botafogo.

Textor acredita que a aquisição de uma equipe na Inglaterra é benéfica para a Eagle. Entende-se que haver um caminho fixo do Brasil para a Europa pode atrair mais jogadores, como ocorreu nos casos de Almada e Luiz Henrique.

O grego Evangelos Marinakis, que possui forte relação com Textor, não pode ser o investidor que participa da tentativa de compra do Wolverhampton, uma vez que já é dono do Nottingham Forest. A Premier League proíbe que um acionista tenha envolvimento em dois clubes ao mesmo tempo.

Já houve uma negativa inicial à proposta de Textor pelos Wolves, mesmo com pagamento antecipado. No entanto, as tratativas continuam. Caso o negócio não evolua, a tendência é a de que haja investida por um clube da segunda divisão inglesa.

John Textor, dono da SAF do Botafogo — Foto: Alex Pantling - FIFA

John Textor, dono da SAF do Botafogo — Foto: Alex Pantling – FIFA

Dia a dia do Botafogo

Enquanto isso, a realidade do Botafogo é distante de um grande investimento. O clube fechou com dois novos patrocinadores para conseguir mais receitas e ter dinheiro suficiente para fechar o ano.

Na Justiça, Textor argumenta que não consegue colocar dinheiro por causa da briga com a Ares, fundo de investimentos que o ajudou a comprar o Lyon. O empresário ainda não pagou sua dívida com a Ares.

No dia 17 de julho, Textor aprovou medidas para a entrada de um empréstimo de 100 milhões de euros no Botafogo, que poderia ter as ações transferidas para uma nova SAF nas Ilhas Cayman. O movimento foi derrubado pela Ares há duas semanas, bloqueando a forma como o americano colocaria dinheiro no clube. Desde então, nenhuma cifra vinda do americano entrou no Botafogo.

O americano argumenta que o Lyon deve dinheiro ao clube carioca. Internamente, ele reclama que a Ares não permitiu que houvesse a possibilidade de abertura de uma nova SAF.

É certo que haverá cortes de despesas no próximo ano porque há uma perda operacional considerável em 2025. Por isso, a ordem no curto prazo é cortar 30% da folha salarial. Em uma temporada sem títulos, as receitas com cotas de televisão e programa de sócios diminuíram.

O Botafogo, por exemplo, ainda não está garantido na Libertadores de 2026. Além disso, ao contrário da atual temporada, não contará em 2026 com a premiação da disputa da Copa do Mundo de Clubes, que rendeu R$ 146,3 milhões aos cofres.

A redução prevista da folha se baseia no fato de que, de acordo com pessoas do clube, as receitas são inferiores às despesas. Por isso, Textor entende que há necessidade de investimento de capital no grupo Eagle para que faça “a roda girar” e beneficie o sistema como um todo.

Deu em GE

Ricardo Rosado de Holanda
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