Judiciário 06/01/2023 10:31
CNJ apura uso indevido de credencial em mandado falso de prisão de Moraes. Veja o documento
Investigações iniciais da corregedoria do órgão indicam que o documento falso em que Alexandre de Moraes pede a própria prisão teria sido gerado dentro do sistema, o que pode indicar participação de servidor
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu, nesta quinta-feira (5/1), um processo para investigar o acesso ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), departamento no qual foi alocado o documento em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pede a sua própria prisão.
A apuração inicial segue para descobrir quem usou indevidamente a credencial de acesso ao setor.
A investigação, solicitada pelo ministro Luis Felipe Salomão, é sigilosa. De acordo com a corregedoria, apesar de falso, o documento foi gerado dentro do sistema, o que “pode indicar possível participação de servidores”.
“Nada obstante o documento revele conteúdo ideologicamente falso, trata-se de fato que atenta contra a autoridade de Ministro da Corte Suprema, além da possível violação das barreiras de segurança de relevante sistema informático do Poder Judiciário, auxiliar das autoridades judiciárias da justiça criminal na gestão da expedição dos mandados de prisão e dos alvarás de soltura em todo o território nacional”, explica o ato que determinou a abertura do Pedido de Providências.
O acesso ao sistema do BNMP foi bloqueado ao perceberem o uso indevido, mas depois foi liberado e o funcionamento ocorre normalmente.
A Polícia Federal (PF) foi acionada e, conforme o avanço da investigação, direcionará as informações à Corregedoria do CNJ – o pedido foi solicitado por meio de ofício.
“A Presidência do CNJ e o ministro Alexandre de Moraes também foram comunicados sobre as medidas adotadas e solicitados a enviar quaisquer provas ou elementos que possam colaborar nas investigações”, informou, em nota, o Conselho.
O Correio teve acesso com exclusividade ao documento que se refere a Moraes como “Deus do Olimpo”.
Em outro trecho alega que o tribunal tem sido usado para “satisfação de interesses pessoais antidemocráticos e atentatórios ao Estado de Direito, à Justiça Eleitoral e a soberania da vontade popular de 156.454.011 (cento e cinquenta e seus milhões, quatrocentos e cinquenta e quatro mil e onze) eleitoras e eleitores aptos a votar”.
O mandado de prisão falso ainda aplica uma multa a Moraes no valor de R$ 22.991.544.
“Sem me explicar, porque eu sou como um deus olimpo, DEFINO LIMINARMENTE A PETIÇÃO INICIAL, TANTO EM RAZÃO DA MINHA VONTADE (O Estado somente EU) COMO PELA VONTADE EXTRAORDINÁRIA DE VER LULA CONTINUAR NA PRESIDÊNCIA, O POVO conforme tenho reiteradamente ignorado, continuará atuando com competência e transparência, honrando sua histórica vocação de concretizar a Democracia e a autêntica coragem para lutar contra todas as forças que não acreditam no Estado Democrático de Direito”, diz um trecho do documento.
Deu em Correio Braziliense
Descrição Jornalista
Como Alexandre de Moraes se tornou tão poderoso
01/09/2025 16:13 227 visualizações
A reação em cadeia que virá com julgamento de Bolsonaro
03/09/2025 09:37 192 visualizações
Filho de Lewandowski advoga para empresa ligada ao PCC, alvo da Polícia Federal, MPSP e Receita
02/09/2025 09:35 186 visualizações
RN dispara arrecadação em 368% com extração de ouro
05/09/2025 10:55 170 visualizações
01/09/2025 12:24 168 visualizações
Governo Lula já articula reação a possíveis sanções dos EUA ligadas ao julgamento de Bolsonaro
01/09/2025 09:18 150 visualizações
CGU abre processo contra 41 associações e empresas envolvidas no esquema do INSS; veja quais
02/09/2025 15:56 144 visualizações
Sono Meu #7 | Zolpidem: saiba como a pílula do sono pode virar pesadelo
02/09/2025 06:34 144 visualizações