Vacina 08/01/2021 17:02
China barra cientistas da OMS que iriam investigar a origem do coronavírus
Equipe estava indo para Wuhan, mas foi impedida de entrar no país; em 2018, cientistas dos EUA apontaram problemas no instituto de virologia da cidade – que coletou e analisou amostras do vírus RaTG13, possível ancestral do Sars-CoV-2

Um ano após o surgimento dos primeiros casos de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde finalmente enviou um grupo de cientistas para investigar as origens do novo coronavírus – mas, como revelou ontem à noite o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, a China barrou a entrada deles no país, alegando que seus vistos ainda não haviam sido liberados.
A OMS está em negociações com o governo chinês desde o mês de julho, e aparentemente havia obtido a liberação – tanto que dois cientistas da equipe já estavam viajando para o país.
A equipe da OMS planejava fazer investigações na região de Wuhan, onde os primeiros casos foram relatados. A teoria mais aceita pela comunidade científica afirma que o Sars-CoV-2 surgiu num mercado da cidade que vendia carne de animais selvagens – um dos quais teria servido como hospedeiro intermediário do vírus, originado em morcegos.
Mas essa tese possui lacunas. Um estudo que analisou as primeiras 41 pessoas hospitalizadas com Covid-19 em Wuhan revelou que 13 delas não tinham nenhuma conexão com o mercado.
O hospedeiro intermediário também não foi determinado.
Alguns estudos especulam que poderia se tratar do pangolim, um mamífero em que foram encontrados vírus com 85% a 92% de similaridade genética com o Sars-CoV-2. Mas análises posteriores revelaram que outro patógeno, o RaTG13, pode estar envolvido – pois seu código genético é 96,2% igual ao do novo coronavírus. Ele foi descoberto em 2013 numa mina próxima à cidade de Tongguan (daí as letras TG13), quando seis homens que trabalhavam limpando fezes de morcego morreram de uma pneumonia desconhecida.
Amostras do RaTG13 foram levadas por cientistas para o Instituto de Virologia de Wuhan (WIV), que fica a 2.000 km da mina. Em 2017, o instituto inaugurou um laboratório com nível 4 de biossegurança (BSL-4), o mais alto que existe.
O laboratório foi construído com ajuda dos EUA, da França e do Canadá, e é o único BSL-4 da China.
Sua principal cientista, a virologista Shi Zhengli, é referência internacional nos estudos de “ganho de função” (GoF), em que cientistas modificam vírus para dar a eles novas habilidades, como a de infectar outras espécies.
Deu em Super Interessante
Descrição Jornalista
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