Por 15 anos, uma equipe multidisciplinar do laboratório de Biologia Molecular e Genômica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) esteve dedicada a desenvolver novas técnicas de genética ambiental, microbiologia de petróleo, biologia molecular, bioquímica e bioinformática.
Ali nascia a Microciclo, uma spin off – negócio derivado de uma outra instituição, seja uma empresa “mãe”, uma universidade ou centro de pesquisa – que criou um método de tratamento de resíduos oleosos da indústria.
Tendo a ciência como aliada, cinco pesquisadoras usam bactérias não patogênicas para degradar frações do petróleo dos efluentes industriais, que exigem tratamento e destinação correta. Em seis anos, a startup conquistou oito programas de aceleração/editais, R$ 800 mil de investimento e quatro prêmios, sendo três internacionais.
Além disso, validou a solução com 15 diferentes tipos de resíduos. Mas esse é só um exemplo de inovação e sustentabilidade com DNA potiguar.
A Jornada Nacional de Inovação da Indústria, evento itinerante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), está percorrendo todo o país para traçar desafios, propostas e inovações de cada estado.
Nesta terça-feira (25), em Salvador, acontece o terceiro encontro regional da Jornada, do Nordeste, que vai reunir os estados da região.
Para cada unidade da federação, a Agência de Notícias da Indústria está publicando uma matéria para contar um pouco mais sobre o ecossistema industrial e de inovação. Já trouxemos um panorama sobre RS, SC, PR, GO, DF, MS, MT, MA e PI. Agora é a vez do Rio Grande do Norte.
Como reduzir o impacto da produção de 4 milhões de peças de vestuário?
Em 1947 em Natal, dois irmãos potiguares fundaram a Guararapes sem ter ideia de que nascia uma das maiores redes de lojas de departamento do Brasil.
A pequena loja de tecidos virou uma confecção em Recife, voltou com a matriz para o RN e, com a aquisição das lojas Riachuelo e Wolens, se consolidava, enfim, o grupo de varejo têxtil. Hoje, são mais de 400 lojas espalhadas pelo país e 30 mil funcionários, sendo metade deles no Nordeste.
Localizado às margens da Lagoa de Extremoz, em Natal, o parque fabril abriga uma das maiores operações de corte têxtil da América Latina, com um sistema automatizado e mais de 700 metros de mesa de corte, que possibilitam a produção de até 4 milhões de peças por mês.