Na terça-feira (21/3), Lula classificou como “absurdo” o patamar atual da Selic. Nesta quarta, foi a vez de o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, dizer que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, está prestando “um desserviço” ao país.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também tem criticado a manutenção dos juros em 13,75% ao ano.
Inflação
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.
Ao reduzir a Selic, a tendência é a de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,84%. O resultado significa uma aceleração em relação a janeiro. No primeiro mês de 2023, o IPCA ficou em 0,53%. Em dezembro do ano passado, o índice foi de 0,62%. No acumulado de 12 meses até fevereiro, a inflação oficial do país foi de 5,6%.
Reunião do Copom
O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia de reuniões, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia no Brasil e no mundo, além do comportamento do mercado financeiro.
No segundo dia, os membros do comitê definem a taxa Selic.