Bancos 04/05/2023 08:31
BC reafirma que é preciso “paciência e serenidade” e mantém Selic em 13,75%
Na primeira reunião após o governo ter apresentado projeto do arcabouço fiscal, Copom reafirma que é preciso "paciência e serenidade" na condução da política monetária e não indica quando poderá iniciar redução da taxa básica
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica da economia (Selic) em 13,75% ao ano pela 6ª reunião consecutiva, conforme esperado pelo mercado, resistindo às pressões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados para diminuir o aperto monetário.
Em comunicado divulgado à noite, o colegiado reiterou que “a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária”.
No texto, o órgão deixou a porta aberta para eventual alta dos juros, se necessário, mas afirmou que esse cenário é “menos provável”. E não sinalizou quando poderá iniciar o ciclo de corte da Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica da economia (Selic) em 13,75% ao ano pela 6ª reunião consecutiva, conforme esperado pelo mercado, resistindo às pressões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados para diminuir o aperto monetário.
Em comunicado divulgado à noite, o colegiado reiterou que “a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária”.
No texto, o órgão deixou a porta aberta para eventual alta dos juros, se necessário, mas afirmou que esse cenário é “menos provável”.
E não sinalizou quando poderá iniciar o ciclo de corte da Selic.
Com a decisão do BC, o Brasil continua na liderança do ranking global de juros reais (descontada a inflação), em uma listagem de 40 países elaborada pela Infinity Asset Management.
Entre essas economias, 47,50% mantiveram os juros e 52,50% elevaram as taxas.
“O movimento global de aperto monetário continuou a ganhar força, com aumento expressivo no número de bancos centrais sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities”, alertou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity.
Na lista dos maiores juros nominais, o Brasil só perde para a Argentina, que passou a ter taxa de 91% ao ano na semana passada.
Na nota o BC reforçou que “conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas (de inflação)”.
“O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, diz o texto.
Analistas ouvidos pelo Correio reforçaram as previsões de que a Selic ocorrerá no segundo semestre, apesar de o governo ter encaminhado ao Congresso o projeto de lei do novo arcabouço fiscal.
“O tema fiscal não tem relação mecânica com a política monetária. E o BC precisa olhar para as expectativas de inflação, que continuam piorando”, destacou Rafael Cardoso, economista-chefe da Daycoval Asset Management.
“O BC manteve a sinalização de que não há espaço para corte de juros nesse momento e que, para alcançar a meta de inflação de 3% no próximo ano, é preciso manter estes juros parados por um longo período. Ao mesmo tempo, ele é cuidadoso politicamente, reconhece os esforços do governo na área fiscal, e reduz a probabilidade de um cenário alternativo que teria altas adicionais de juros”, destacou Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV.
Em relação ao novo arcabouço fiscal, Padovani destacou que o Copom explicou no comunicado que é preciso, primeiro, que ele seja aprovado pelo Congresso para, depois, aguardar os efeitos sobre preços de ativos e expectativas de inflação.
“A mensagem não mudou. Ela vem apenas um pouco mais explicada.”
Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), observou que, mesmo com a Selic estacionada em 13,75% ao ano desde agosto de 2022, os juros cobrados pelo sistema financeiro não param de subir.
“Os juros praticados no mercado, que são muito mais elevados do que a taxa básica, continuam subindo porque o cenário de crédito está piorando com a quebra de empresas como Americanas, Itaipava, Oi, Marisa, que deram prejuízos aos bancos, que, agora, estão restringindo o crédito. Além disso, o endividamento elevado das famílias e o baixo crescimento econômico, têm contribuído para o aumento do risco”, explicou.
Conforme a Anefac, a taxa média dos empréstimos para a pessoa física passou de 92,59% ao ano, em março de 2021, mês do início do ciclo de aperto monetário, para 124,92% anuais, em março deste ano.
A decisão do Copom recebeu críticas de entidades patronais do setor produtivo.
Deu em Correio Braziliense
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