Apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30, deixando ONU e especialistas preocupados com credibilidade internacional do Brasil - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
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Meio Ambiente 24/08/2025 10:22

Apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30, deixando ONU e especialistas preocupados com credibilidade internacional do Brasil

Apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30, deixando ONU e especialistas preocupados com credibilidade internacional do Brasil

A informação de que apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30 preocupa autoridades e especialistas em clima.

O evento, marcado para 2025 em Belém, deveria reunir quase todas as nações do planeta, mas até agora menos de um quarto confirmou participação com hospedagem garantida.

Segundo o UOL, os principais entraves são falta de infraestrutura hoteleira e preços abusivos de hospedagem, que chegaram a subir até dez vezes em comparação ao período normal.

O governo federal afirma que não há risco de cancelamento e que negocia alternativas, como navios-hotéis, para garantir acomodação.

Por que apenas 47 países confirmaram até agora?

O dado de que apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30 tem origem em dois fatores principais: o alto custo da hospedagem em Belém e a escassez de leitos disponíveis. Hotéis e imóveis de aluguel elevaram preços de forma exagerada, afastando delegações estrangeiras e criando uma crise logística em torno do evento.

O presidente Lula reconheceu a dificuldade e afirmou que Belém “não é Paris nem Dubai”, ressaltando, porém, que a realização na Amazônia é estratégica para mostrar ao mundo a realidade das florestas, rios e povos locais.

A COP30 será a primeira realizada na região amazônica, o que aumenta sua relevância geopolítica e ambiental.

Qual a importância da COP30 em Belém?

Mesmo com o atraso nas confirmações, especialistas como o climatologista Carlos Nobre defendem que a COP30 tem potencial para ser a mais importante da história. Afinal, as negociações sobre redução do uso de combustíveis fósseis e emissões líquidas zero até 2040 estão no centro das expectativas.

Apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30, mas há otimismo de que o número cresça nas próximas semanas. A ONU e representantes de diversos blocos internacionais pressionam para que todos os países compareçam, reforçando a necessidade de ação rápida contra a crise climática.

Como o governo pretende resolver a questão da hospedagem?

Diante da repercussão negativa, o governo anunciou negociações para viabilizar navios-hotéis que podem oferecer até 6 mil quartos, além de pressões sobre o setor privado para reduzir preços. A Casa Civil descartou subsidiar hospedagens, mas avalia apoiar financeiramente delegações de países mais pobres.

Segundo analistas, o fato de apenas 47 dos 196 países confirmarem presença na COP30 mostra que a logística pode comprometer o peso político do evento. Caso não seja solucionado, o problema de hospedagem pode enfraquecer a credibilidade do Brasil como anfitrião de grandes encontros multilaterais.

O que está em jogo na COP30?

Além da polêmica da hospedagem, a COP30 deve discutir medidas concretas para acelerar a transição energética. Hoje, cerca de 75% das emissões globais vêm da queima de petróleo, carvão e gás natural, segundo o Painel Científico para a Amazônia.

O Brasil terá papel central nas negociações, já que o presidente Lula defendeu, no G20 de 2024, que os países antecipem para 2040 a meta de emissões líquidas zero. Apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30, mas a expectativa é de que os principais emissores estejam em Belém para negociar acordos mais ambiciosos.

A notícia de que apenas 47 dos 196 países confirmaram presença na COP30 revela como fatores logísticos podem ameaçar o impacto de um evento global.

Belém vive o desafio de equilibrar oportunidades econômicas com a responsabilidade de sediar a conferência climática mais importante da década.

Deju em CPG

Ricardo Rosado de Holanda
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