“The Intercept Brasil” pede doações para não fechar - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
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Empresas 14/10/2022 18:23

“The Intercept Brasil” pede doações para não fechar

Site está se separando da redação dos EUA; diz que será forçado a fechar se não conseguir R$ 500 mil...

“The Intercept Brasil” pede doações para não fechar

Em comunicado divulgado nesta 6ª feira (14.out.2022), o site The Intercept Brasil informou que está se separando da redação dos Estados Unidos e, por isso, precisa de doações para “dar continuidade ao trabalho”.

Segundo a nota, o site será forçado a fechar permanentemente se não conseguir levantar R$ 500 mil nos próximos 7 dias.

“Desde o primeiro dia, nossa equipe contou com o apoio generoso de nossos parceiros americanos para produzir um jornalismo contundente e destemido que desafia os poderosos e gera impactos concretos para a sociedade. Eles nos ajudaram a fazer investigações arriscadas que outros veículos jamais teriam recursos para realizar. Por causa disso tivemos acesso a advogados, tecnologia e segurança para juntos enfrentarmos Bolsonaro e seus aliados”, disse o site. 

“Ao invés de apenas encerrar o trabalho do Intercept no Brasil, nossos colegas nos ofereceram a possibilidade de darmos continuidade a esse trabalho. Agora é a hora de seguirmos em frente de forma independente! Esta é uma grande oportunidade para o jornalismo, mas, para isso dar certo, precisamos desesperadamente de sua ajuda”, continuou. 

Os jornalistas Andrew Fishman e Cecília Olliveira vão comandar o site na nova etapa do site. Segundo a nota, o Intercept Brasil continuará sendo uma organização sem fins lucrativos financiada por doações.

VAZA JATO

O site The Intercept foi o responsável por divulgar mensagens do aplicativo Telegram, vazadas por um grupo de hackers, que invadiu os aparelhos celulares de diversas autoridades.

O caso foi divulgado em 2019, com foco em apontar supostas idiossincrasias na condução da Operação Lava Jato, que apurou desvios milionários da Petrobras, para abastecer grupos políticos.

A série de reportagens ficou conhecida pelo apelido de “Vaza Jato”.

Entre as pessoas hackeadas estavam o ex-juiz Sergio Moro, que analisava os processos judiciais, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, que chefiava a força-tarefa do Ministério Público Federal, que conduzia as investigações do caso.

As mensagens apontavam indícios de práticas ilegais, que colocaram em dúvida as motivações dos investigadores.

A revista digital recebia financiamento da empresa First Look Media, dos Estados Unidos, criada pelo fundador do eBay, Pierre Omidyar, em 2013….

Deu em Poder360

Ricardo Rosado de Holanda
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