Pesquisa 14/10/2022 06:28
Moraes ‘torna sem efeito’ inquéritos sobre institutos de pesquisa
Cade e Polícia Federal tinham aberto investigação nesta quinta-feira para apurar distorções nos números do primeiro turno
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, tornou sem efeito inquéritos abertos sobre supostas irregularidades nos institutos de pesquisa nesta quinta-feira (13).
As empresas responsáveis pelos levantamentos tornaram-se alvo de críticas após divergências entre as estimativas e os resultados das urnas.
A Polícia Federal tinha instaurado nesta quinta inquérito sobre eventuais crimes cometidos por institutos de pesquisa que erraram resultados do primeiro turno das eleições. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também tinha aberto apuração hoje.
Segundo Moraes, compete à Justiça Eleitoral a fiscalização das entidades de pesquisa e, no caso do Cade e da PF, há “incompetência absoluta de seus órgãos prolatores e a ausência de justa causa”. “Inclusive com a participação e possibilidade de impugnação dos envolvidos e com o exercício de poder de polícia para garantir a legitimidade eleitoral”, escreveu o magistrado.
O ministro determinou também o envio da decisão à Corregedoria-Geral Eleitoral e à Procuradoria-Geral Eleitoral para apuração de eventual prática de abuso de poder político.
Moraes cita possível “desvio de finalidade no uso de órgãos administrativos com intenção de favorecer determinada candidatura, além do crime de abuso de autoridade”.
De acordo com representação no Cade, ocorreram erros na apresentação dos resultados, tendo em vista a discrepância do que apontavam as pesquisas eleitorais e o resultado das urnas.
“Os erros foram evidenciados pelos resultados das urnas apuradas, quando se constatou que as pesquisas de diferentes institutos de pesquisa, tais como o Datafolha, Ipec, Ipespe, entre outros, erraram, para além das margens de erro, nas pontuações em relação a alguns dos candidatos”, diz o Cade.
A investigação da PF foi uma determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Ele comunicou a PF sobre a necessidade de um inquérito após receber uma representação do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que contestou o levantamento de empresas que fizeram um prognóstico errado das intenções de voto para o chefe do Executivo.
O assunto está em debate também no Congresso Nacional. Representantes de institutos de pesquisa e da Justiça Eleitoral e cientistas políticos podem ser convidados a participar de audiência pública na Comissão de Transparência do Senado para explicar as divergências entre os levantamentos de intenção de voto e os resultados das urnas no primeiro turno das eleições.
O requerimento é do senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo no Senado.
Deu emR7
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