Nova lei permite penhorar bens de quem não paga taxas de condomínio: veja como funciona essa nova regra na Espanha - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Imóveis 25/11/2025 10:25

Nova lei permite penhorar bens de quem não paga taxas de condomínio: veja como funciona essa nova regra na Espanha

Nova lei permite penhorar bens de quem não paga taxas de condomínio: veja como funciona essa nova regra na Espanha

Uma nova lei aprovada em 2025 estabelece que, caso um vizinho deixe de pagar as taxas condominiais, os demais proprietários poderão solicitar a penhora de bens do devedor.

A regra foi publicada no Boletim Oficial da Espanha e altera o tratamento da inadimplência nos condomínios.

A lei exige que a assembleia do condomínio vote a cobrança, que todos os procedimentos sejam registrados em ata e que seja enviada comunicação formal ao inadimplente antes de qualquer medida judicial.

O objetivo é tornar o processo mais justo e eficaz, além de evitar que os moradores adimplentes arcarem com os débitos alheios.

O que muda na cobrança das taxas condominiais

Com a nova norma, o pagamento das taxas condominiais passa a contar com mecanismos mais rigorosos.

Agora, se o proprietário não quitar suas obrigações, o condomínio pode buscar diretamente a penhora de contas bancárias, salários ou imóveis em nome do devedor.

Além disso, o direito de voto na assembleia pode ser suspenso enquanto persistir a dívida, como forma de pressão e de garantir a justiça entre os condôminos.

Primeiro, o condomínio deve convocar assembleia e aprovar a cobrança das taxas condominiais em atraso — a votação deve estar registrada em ata.

Em seguida, é enviada comunicação formal ao inadimplente, dando-lhe chance de regularizar a situação.

Se isso não ocorrer, o condomínio pode mover ação para penhorar bens ligados ao devedor, sem que, no entanto, os demais proprietários sejam responsabilizados pela dívida.

A nova legislação sobre taxas condominiais responde ao aumento da inadimplência nos condomínios e à sobrecarga que essa situação impõe aos moradores adimplentes.

Além disso, busca oferecer mais segurança jurídica às comunidades, tornando o processo menos burocrático e mais transparente.

O que se esperava, portanto, era reduzir os impactos financeiros dos atrasos e evitar que a inadimplência se espalhe e comprometa a convivência coletiva.

Consequências para condôminos e administrações

Para os condôminos que pagam em dia, a nova lei oferece alívio: o risco de ver sua própria taxa condominial subir para compensar a inadimplência de outros diminui expressivamente.

Por outro lado, administradoras e síndicos precisaram ajustar convenções e regimentos internos para cumprir os novos requisitos legais.

Também é maior a responsabilidade em assegurar que todo o processo — votação, notificação, ata — esteja formalizado para garantir a validade das medidas.

A norma aplica-se a proprietários de unidades em condomínios onde as taxas condominiais são cobradas para cobrir despesas comuns: manutenção, limpeza, segurança, entre outras.

O devedor inadimplente passa a ter margem reduzida de defesa, pois a lei favorece o condomínio que segue o devido processo.

Em contrapartida, os demais condôminos ficam protegidos de assumir automaticamente os débitos alheios como parcela da sua própria taxa.

Fonte: Em Foco

Ricardo Rosado de Holanda
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