Comportamento 20/10/2025 11:36
Vinis, CDs e crochê: nostalgia da geração Z impulsiona hobbies analógicos
A cintura baixa no guarda-roupa, as séries que se passam nos anos 1980, coleções de discos de vinil e hobbies de avó voltaram com tudo – graças à nostalgia da geração Z.
Aqueles que nasceram entre o final dos anos 1990 e o final dos anos 2000 fazem parte da geração mais nostálgica dentre todas, com 15% declarando que prefere pensar no passado em vez do futuro, segundo um levantamento da plataforma GWI.
Os millennials, nascidos entre os anos 1980 até meados de 1990, não ficam muito atrás, com 14%. Conforme a idade aumenta, o nível de nostalgia das gerações diminui.
Isso não é necessariamente algo ruim, a nostalgia pode oferecer elementos do passado que ajudam a lidar melhor com o presente.
“O grande problema é você querer viver sua vida através de utensílios nostálgicos”, disse o psicólogo Alexander Bez. “Eles podem matar a sua curiosidade, podem até oferecer elementos mais confortáveis para lidar com a vida, porém saber qual o tempo e espaço que você ocupa é fundamental.”
Mas por que os jovens estão tão interessados em reviver um passado que eles sequer presenciaram? A explicação talvez esteja menos no que existia nas décadas anteriores e mais no que ainda não existia: a tecnologia onipresente.
O resgate de hobbies e interesses de décadas passadas também está relacionado a uma tentativa de passar menos tempo nas redes sociais do seu smartphone, fenômeno que tem crescido entre aqueles que já sentem os efeitos da hiper exposição às telas.
“O vício [em tecnologia] estimula a produção de dopamina, o que deixa a gente ansioso, angustiado, acelerado. Já as atividades analógicas, ao contrário, trazem conexão, presença, calma. É como se a gente estivesse intuitivamente buscando formas de nos autorregular emocionalmente, de se reconectar com o nosso próprio corpo”, explicou a neurocientista e especialista em desenvolvimento infantil Telma Abrahão.
As gerações mais jovens não conheceram – ou conheceram pouco – a vida sem um minicomputador no bolso. E conforme mais e mais pesquisas associam o uso excessivo de redes sociais a prejuízos na saúde mental e redução da atividade cerebral, o resgate de hobbies que não envolvam o celular pode ser benéfico para aqueles que nunca foram acostumados a isso.
As opções são muitas: crochê, cerâmica, palavras-cruzadas, fotografia em filme, livros de colorir, CDs ou discos de vinil, dentre outras centenas de possibilidades para ocupar o tempo sem uma tela em mãos.
A paulistana Paola Papini, de 25 anos, encontra nas atividades manuais uma maneira de se recarregar. Adepta do crochê, do hábito de fazer pães caseiros e aluna em um curso de marcenaria, são essas coisas que a ajudam a se sentir menos ansiosa e mais presente.
“É sobre passar menos tempo na internet de maneira geral. Por trabalhar o dia inteiro no computador, sair de uma tela para outras, usando o celular ou assistindo séries, só me deixava drenada e me dava dor de cabeça”, explicou ela. “Sinto que isso esgota toda minha capacidade mental, e fazer algo com as mãos é o jeito de recarregar.”
A neurocientista concorda: “Tudo isso vai, na verdade, nos deixar muito menos acelerados.”
“Isso oferece para o nosso cérebro algo que foi perdido nessa era digital, que é a capacidade de se envolver com foco, com profundidade em uma única tarefa.
E isso traz prazer na experiência, diferente de quando você está no celular pulando de um vídeo para o outro”, concluiu Abrahão.
Descrição Jornalista
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