Temer defende pacificação e diz que voto de Fux é decisivo para Bolsonaro - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
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Política 11/09/2025 18:38

Temer defende pacificação e diz que voto de Fux é decisivo para Bolsonaro

Temer defende pacificação e diz que voto de Fux é decisivo para Bolsonaro
Em Salvador, o ex-presidente Michel Temer (MDB) avaliou que o voto do ministro Luiz Fux no julgamento da chamada trama golpista foi “fundamental” para Jair Bolsonaro (PL).
O emedebista participou do 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade na capital baiana, nesta quinta-feira (11) e conversou com jornalistas.

Fux, que divergiu da maioria formada até o momento no Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela absolvição de Bolsonaro de todos os crimes atribuídos a ele. No entanto, votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e o general Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Temer chegou a dizer que o ministro, até o presente momento, está absolvendo a todos. “Para o ex-presidente Bolsonaro, este voto [do Fux] é fundamental e importantíssimo”, defendeu.

O ex-presidente também ponderou que a divergência entre Fux e o relator Alexandre de Moraes é “natural” e destacou a “qualidade pacificadora” de ambos. Ele voltou a defender que o país precisa de moderação e equilíbrio neste momento. Antes, durante a palestra, afirmou  que “o que está acontecendo no país é uma radicalização que atinge até o judiciário e que é necessário ter um discurso de pacificação”.

Sobre as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chamou Moraes de “ditador e tirano” em ato bolsonarista na Avenida Paulista no último domingo (7), Temer considerou que o aliado de Bolsonaro “não foi feliz” nas palavras. “Compreendo o calor do comício, talvez uma tentativa de mostrar lealdade ao ex-presidente. Afinal ele precisa também de votos dos bolsonaristas. Mas ele trabalhou no meu governo, é uma pessoa moderada e equilibrada. O Brasil precisa disso agora”, reforçou na fala.

Questionado sobre o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro, o ex-presidente reconheceu que a proposta deve gerar questionamentos de constitucionalidade, mas defendeu que o STF busque uma saída que evite novos confrontos.

“Todos sabem que a punição deve existir, afinal houve depredação de prédios públicos e sedes dos Poderes. Mas, para evitar conflitos, o melhor seria que o Supremo resolvesse usando instrumentos jurídicos já previstos, como a compensação de penas”, sugeriu.

Deu em CNN

Ricardo Rosado de Holanda
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