Atraídos pelo preço baixo, muitos consumidores adquirem tais dispositivos sem suspeitar das armadilhas tecnológicas inclusas. Essas falsas imitações vêm equipadas com aplicativos já modificados para roubar informações pessoais e financeiras. Para se proteger, é crucial entender o funcionamento desses golpes e adotar medidas preventivas.

Segurança digital está cada vez mais comprometida devido às diferentes estratégias de golpe dos criminosos – Imagem: Dan Nelson/Unsplash

Celulares falsos: como são usados nos golpes?

Modelos falsos são réplicas de dispositivos conhecidos, como Samsung Galaxy S24 Ultra, Redmi Note 13 Pro e Huawei Pura70 Ultra. Apesar da aparência fiel aos originais, os dispositivos falsificados contêm modificações perigosas. A marca SHOWJI é a principal responsável por essas falsificações e vende-as em sites de compras a preços atraentes.

Assim, os aparelhos falsos vêm com aplicativos maliciosos pré-instalados, como versões falsas de WhatsApp e Telegram, que visam roubar dados financeiros. Além disso, o sistema Android é alterado para parecer mais moderno, o que engana o usuário sobre a real capacidade do dispositivo.

Saiba como ocorre o roubo de dinheiro

A DrWeb identificou cerca de 40 aplicativos com códigos maliciosos, focados principalmente em criptomoedas. Aplicativos como os leitores de QR Code funcionam como cavalos de Troia, que monitoram silenciosamente as ações dos usuários.

Quando um usuário tenta compartilhar um endereço de carteira de criptomoedas, o aplicativo falso altera a mensagem e direciona os fundos para os criminosos. Assim, o usuário pensa que enviou o endereço correto, mas o dinheiro vai para outra conta.

Confira algumas medidas para se proteger:

• Desconfie de preços muito baixos para modelos de ponta.
• Fique atento à falta de atualizações regulares do sistema operacional.
• Use aplicativos confiáveis para conferir as especificações do aparelho.
• Verifique a procedência da loja e prefira revendedores confiáveis.

A presença crescente de celulares falsos ensina a importância da conscientização digital e da desconfiança frente a preços muito baixos. A falta de regulação no mercado paralelo contribui para a proliferação desses dispositivos, o que exige uma ação mais robusta das autoridades.

As autoridades conseguem combater tais golpes ao atualizar as legislações e intensificar a fiscalização. A cooperação internacional pode desfazer redes de fraude que operam além-fronteiras. Campanhas educativas também são essenciais para alertar os consumidores sobre os riscos.

Portanto, os celulares falsos representam uma ameaça concreta e crescente à segurança digital, e compreender como funcionam e adotar medidas preventivas são passos essenciais para se proteger.