Permitam-me dividir com vocês, neste espaço, mais um lamento pela partida inesperada de um valoroso companheiro do Sistema FIERN: Francisco Pereira Soares.

Soares, assim o chamávamos, foi um potiguar devotado à indústria da mineração. De Lajes, no sertão do Cabugi, diplomado com o curso de técnico em mineração trabalhou em diferentes projetos, inclusive, fora do Rio Grande do Norte.

Em Natal, sem nunca esquecer o sonho das jazidas e descobertas minerais, dedicou-se por muitos anos ao segmento de mármores e granitos sendo proprietário e fundador da empresa Mineração Sertão do Cabugi Ltda.

Foi, ainda, por muitos anos dirigente do Sindicato das Indústrias de Mármore, Granito e Pedras Ornamentais do RN (SIMARGRAN-RN), entidade que presidiu por dois mandatos consecutivos, com posse em 21 de agosto de 2006 e recondução ao cargo em 21 de agosto de 2009, e do qual era delegado efetivo junto a FIERN.

Também foi associado e diretor do Sindicato da Indústria da Extração de Metais Básicos e de Minerais Não Metálicos do RN (SINDMINERAIS-RN), ampliando sua contribuição ao setor mineral potiguar e ocupou diversos Conselhos no âmbito da FIERN ou por ela indicado em outras instituições.

Homem de valores sólidos, Francisco Pereira Soares, para além dos feitos empresariais e institucionais, seu maior orgulho estava em casa: na convivência com os filhos, netos e demais familiares, a quem sempre dedicou cuidado e orientação. Foi casado com Maria de Fátima Soares e pai de três filhos: Marcelo, André e Anderson.

Era um chefe de família presente, voz firme na condução familiar, mas de muita cumplicidade com a esposa e amigo muito próximo dos filhos.

Entre os que tiveram a honra de conviver com ele, seja nas lutas pela valorização da indústria, seja na rotina da cidade de Lajes, o sentimento de reconhecimento a Francisco Soares é presente! Tanto seu devotamento a mineração, suas riquezas e potencialidades para o Estado do Rio Grande do Norte, quanto seu afeto a Lajes, sua terra natal, de sua esposa e da maioria de seus familiares.

Falava com orgulho dos seus antepassados que deixaram naquela cidade do Cabugi marcas de trabalho e respeito.

Sua partida entristeceu o Sistema FIERN, seus familiares e seus muitos amigos e amigas.

Uma história de resistência e que, ao final, reencontrou na cidade de origem, sua terra natal, o cotidiano desejado para os anos de aposentadoria que, de fato, todos nós – e ele próprio – esperava que fossem mais duradouros. Francisco Pereira Soares faleceu, no dia 23 de junho de 2025, vítima de complicações cardíacas próximo aos 76 anos de idade.

A vida e suas surpresas; a morte e seus mistérios. Pela fé, a morte é passagem; pela vida, é saudade.