O pioneirismo do Brasil na inclusão da cultura oceânica no currículo escolar - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
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Oceanos 20/04/2025 04:51

O pioneirismo do Brasil na inclusão da cultura oceânica no currículo escolar

O pioneirismo do Brasil na inclusão da cultura oceânica no currículo escolar

Em uma iniciativa pioneira no mundo, a preservação dos oceanos está ganhando força no currículo escolar brasileiro.

Recentemente, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o secretário-executivo do Ministério da Educação, Gregório Grisa, assinaram um Protocolo de Intenções para essa iniciativa, encabeçada pela Universidade Federal de São Paulo e apoiada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Agora, o chamado Currículo Azul, que dá foco à cultura oceânica, poderá ser utilizado pelas escolas de todo o país. O termo “cultura oceânica” se refere à compreensão da importância dos oceanos para a sociedade, de maneira que as pessoas possam entender que sua preservação é vital para a vida humana.

As diretrizes do Currículo Azul podem ser adaptadas de acordo com a realidade das escolas, a nível municipal e estadual.

“Está maturada a dimensão de concebermos a inclusão do tema da cultura oceânica nos currículos, na agenda de pesquisa e pulverizá-los Brasil afora. Todos aqui sabem que a educação básica brasileira é ofertada por municípios e por estados. O desafio, que é técnico, científico e político, é seduzir e conquistar os corações dos gestores locais para operacionalizar e materializar na sala de aula essa trajetória científica pioneira”, disse Gregório Grisa durante o evento que oficializou a assinatura do Protocolo de Intenções.

No Senado, a Comissão de Educação analisa o projeto da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que altera a LDB (Lei 9394/1996) para estabelecer essa inclusão curricular (PL 5160/2023).

“A implementação bem-sucedida desta adição curricular tem o poder de contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento de uma geração mais comprometida com a preservação dos ecossistemas marinhos e com a promoção do desenvolvimento sustentável, alinhando-se assim com os desafios ambientais prementes do século 21”, disse a relatora Teresa Leitão (PT-PE) à Rádio Senado.

O pioneirismo do Brasil quanto à pauta segue uma recomendação da ONU (Organização das Nações Unidas), que designou o período entre 2021 e 2030 como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável.

O fortalecimento do Currículo Azul também é parte de uma série de ações referentes à COP30, que acontece em novembro, em Belém, no Pará.

A ideia de integrar a cultura oceânica às escolas tem o município de Santos (SP) como ponto de partida. Por lá, uma lei aprovada em 2021 tornou o tema obrigatório no currículo.

Deu em Galileu

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


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