Comprovada eficácia da 1ª pílula para perda de peso, que promete os mesmos resultados do Ozempic - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Saúde 19/04/2025 04:50

Comprovada eficácia da 1ª pílula para perda de peso, que promete os mesmos resultados do Ozempic

Comprovada eficácia da 1ª pílula para perda de peso, que promete os mesmos resultados do Ozempic

A empresa farmacêutica Eli Lilly, responsável pela fabricação de medicamentos como o Mounjaro, principal rival de Ozempic e Wegovy, anunciou nesta quinta-feira (17) o sucesso do seu ensaio clínico ACHIEVE-1.

O teste visava desenvolver um comprimido do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1).

Se aprovada, a pílula Orforglipron, como foi batizada, poderá servir como uma alternativa às injeçõesno tratamento de quadros de diabetes, bem como na perda de peso.

“O ACHIEVE-1 é o primeiro de sete estudos de fase 3 que examinam a segurança e a eficácia do Orforglipron em pessoas com diabetes e obesidade”, explica David Ricks, CEO da Lilly, em comunicado.

“Estamos satisfeitos em ver que nosso mais recente medicamento à base de incretina atende às expectativas de segurança e tolerabilidade, controle glicêmico e perda de peso. Aguardamos ansiosamente a divulgação de dados adicionais ainda este ano”.

Efetividade do tratamento

Nos experimentos comparativos do princípio ativo com um placebo em voluntários adultos diagnosticados com diabetes tipo 2, constatou-se que a pílula de Orforglipron reduziu os níveis de hemoglobina glicada (A1C) em uma média de 1,3% a 1,6%. O resultado positivo foi obtido após apenas 40 semanas de uso.

A solução oral orforgliprona foi desenvolvida como uma alternativa aos medicamentos injetáveis hoje presentes no mercado, como o mounjaro e o ozempic — Foto: Pexels
A solução oral orforgliprona foi desenvolvida como uma alternativa aos medicamentos injetáveis hoje presentes no mercado, como o mounjaro e o ozempic — Foto: Pexels

Por meio dos exames atestou-se que mais de 65% dos participantes tratados com a dose mais alta do medicamento (36 mg) atingiram uma A1C menor ou igual a 6,5%. Tal concentração de açúcar no sangue está abaixo do que a Associação Americana de Diabetes (ADA) define como o limite para o diabetes.

Além disso, de acordo com os especialistas, os pacientes que tomaram a dose mais alta do remédio ainda demonstraram uma impressionante perda de peso, calculada em aproximadamente 7,2 kg. Nos cuidados com doses menores, 3 mg e 12 mg, o emagrecimento foi calculado em 4,2 kg e 5,2 kg, respectivamente.

Vale destacar que os indivíduos não haviam atingido um platô (manutenção de evolução) de peso no momento do término do estudo. Assim, os dados sugerem que a redução total de peso ainda poderia ser até maior com abordagens de cuidados mais extensas.

Seus efeitos colaterais mais comumente relatados foram problemas gastrointestinais leves a moderados. Isso inclui episódios de diarreia, náusea, indigestão, constipação e vômito.

Futuro do medicamento

A partir dos resultados do ensaio, a empresa planeja agora submeter o Orforglipron à avaliação da Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) – o equivalente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos Estados Unidos – para viabilizar o seu uso como um remédio para o diabetes tipo 2.

Já para o seu uso no controle de peso, a Lilly pretende enviar o princípio às agências reguladoras globais.

“Se aprovado, estamos confiantes de que o Orforglipron poderá ser lançado em todo o mundo sem restrições de fornecimento”, escreveu a farmacêutica no comunicado à imprensa.

“Isso fortalecerá a missão da Lilly de reduzir doenças crônicas como o diabetes tipo 2, que deve afetar cerca de 760 milhões de adultos até 2050”.

Deu em Galileu

Ricardo Rosado de Holanda
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