Uncategorized 15/02/2025 11:09
5 quedas seguidas da popularidade de Lula: entenda o motivo
Datafolha confirma os índices de outras pesquisas divulgadas neste começo de 2025
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) registrou uma queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no terceiro mandato, mantendo a tendência de outros levantamentos publicados neste começo de ano sobre a gestão do petista (detalhes abaixo).
A oposição afirma que a forma de governar de Lula está fazendo a popularidade dele cair. Especialista econômico afirma que a inflação e desaceleração do PIB podem ser os motivos para insatisfação popular (detalhes abaixo).
A reportagem do iG tenta uma entrevista com aliados do governo Lula, mas os integrantes da base procurados até o fechamento desta reportagem não quiseram se manifestar.
Segundo o levantamento, 24% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, contra 35% em dezembro. O percentual de avaliação regular subiu de 29% para 32%, enquanto os que consideram a gestão ruim ou péssima passaram de 34% para 41%.
A pesquisa também apontou que 2% dos entrevistados não souberam responder. A queda na aprovação foi registrada em diferentes recortes.
Entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, a aprovação caiu de 44% para 29% desde dezembro.
No grupo que recebe dez salários mínimos ou mais, o índice de aprovação foi de 32% para 18%. Entre pessoas com ensino fundamental, a aprovação passou de 53% para 38%.
No Nordeste, onde Lula teve vantagem expressiva nas eleições de 2022, o índice caiu de 49% para 33%. A margem de erro do levantamento varia conforme o segmento analisado, indo de três a 12 pontos percentuais.
Sondagens divulgadas ao longo de janeiro apontaram oscilações negativas na popularidade do governo.
A pesquisa Atlas, divulgada no dia 11 de fevereiro, mostrou uma queda na aprovação de 47,8% em dezembro para 45,9%, enquanto a desaprovação subiu de 49,8% para 51,4%.
O PoderData publicou os índices em 29 de janeiro, e registrou aprovação de 42% e desaprovação de 51%.
Na Quaest, divulgada em 3 de fevereiro, a aprovação caiu de 52% para 47%, enquanto a desaprovação subiu de 47% para 49%.
No dia 13 de janeiro, os resultados do Paraná Pesquisas indicaram que 50,4% desaprovam o governo e 46,1% aprovam.
O sociólogo Lejeune Mirhan analisou os resultados e atribuiu a queda de popularidade à polarização política no Brasil. E mencionou que a composição ministerial do governo, feita para ampliar a base de sustentação no Congresso, não garante apoio automático.
“A sociedade brasileira tem vivido uma politização elevada, o que é um fator positivo. É inevitável, portanto, a chamada polarização. Para termos uma noção, os sete partidos chamados progressistas, que apoiam o governo do presidente Lula, elegeram 124 deputados em 2022, enquanto os partidos de centro-direita a extrema-direita elegeram 399″.
O presidente Lula fez uma composição para ampliar sua base de sustentação no Congresso, com a entrega de ministérios, e mesmo assim não é automático as votações dos partidos mais ao centro”, afirmou, em entrevista ao iG.
Para Mirhan, a percepção da população sobre o governo pode ser influenciada por um descompasso entre o cenário econômico e a avaliação política.
“A economia brasileira talvez nunca tenha estado tão bem como agora, e é inacreditável que isso não esteja refletindo na popularidade do presidente Lula. Ele vem amargando algumas quedas exatamente por essa politização da sociedade”, disse.
O sociólogo destacou que o desemprego atingiu níveis historicamente baixos e que há setores industriais com dificuldades para encontrar mão de obra qualificada.
Mirhan acredita que a tendência de queda na popularidade de Lula pode ser temporária. “Essa queda é absolutamente temporária e ele está administrando. Vai fazer uma reforma ministerial tópica, não abrangente, e se preparar para 2026. Ele é o candidato praticamente único da esquerda”, declarou.
O economista Filipe Ferreira, diretor de negócios da Comdinheiro/Nelogica, afirmou que a desaceleração econômica em janeiro, com o PIB crescendo abaixo das expectativas, contribuiu para a insatisfação popular.
“Além disso, a inflação persistente, especialmente nos alimentos e combustíveis, impactou negativamente o poder de compra da população, gerando descontentamento”, analisou.
O economista destaca que, embora fatores políticos também desempenhem um papel, a economia tem um impacto direto na percepção pública do governo.
Nesta sexta-feira, Lula disse que a idade dele – 79 – é um dos pontos que vai analisar para definir sua candidatura em 2026. A oposição avalia que com os números atuais, as chances de derrota são grandes.
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) afirmou ao iG que a queda na popularidade está relacionada à condução do governo.
“É resultado da própria incompetência do governo. O arcabouço fiscal engessou completamente o orçamento e colocou o país numa trajetória insustentável de aumento da dívida”, afirmou ao iG.
Kataguiri criticou a postura do governo em relação ao Banco Central, por, segundo ele, continuar “com a retórica de culpar o Banco Central pelos juros altos, mas a verdade é que a inflação não está controlada”.
Sobre o impacto da queda na popularidade, o deputado afirmou que o cenário fortalece a oposição.
“O eleitor percebe que o governo não entrega o que promete e busca novas lideranças para representá-lo. Independentemente da popularidade do governo, minha atuação segue pautada na coerência e na defesa de princípios de responsabilidade fiscal e combate à corrupção”, declarou.
“O governo já tem um relacionamento baseado na troca de favores e emendas parlamentares, e essa queda de popularidade só enfraquece ainda mais sua posição. Se a popularidade continuar caindo, veremos cada vez mais rachas dentro da base governista”, acrescentou.
Sobre as eleições de 2026, Kataguiri afirmou que considera improvável uma recuperação da popularidade de Lula.
“A economia está piorando, a base do governo está rachando, e Lula não tem mais o mesmo fôlego de antes. Há um desgaste natural de qualquer governo ao longo do mandato. Sem um crescimento econômico real e sem a distribuição de benefícios populistas, a tendência é que essa popularidade continue caindo”, concluiu.
Deu em IG
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