Nos últimos anos, a Black Friday se tornou uma das principais datas para o varejo brasileiro. O evento, importado dos Estados Unidos, é marcado por grandes ofertas em diversos setores do varejo.

Ele é realizado, oficialmente, na última sexta-feira de novembro. Nos EUA, a quinta-feira é marcada pelo feriado do Dia de Ação de Graças.

Em 2025, a sexta-feira que promete ter as melhores ofertas do ano está programada para acontecer no dia 28 de novembro, mas deve começar na quinta-feira (27) e só acabar no domingo (30). Isso sem falar nas ofertas que são diluídas ao longo de todo o mês de novembro.

No entanto, a corrida pelos grandes descontos pode transformar o consumidor em alvo de fraudes e outros crimes. Por isso, a Forbes reuniu oito formas de se proteger dos golpes mais comuns dessa data, garantindo uma experiência segura e o melhor aproveitamento das promoções.

1. Verifique a URL e confie somente em sites oficiais

Alguns golpistas criam páginas falsas que imitam lojas conhecidas, utilizando logotipos e layouts copiados de varejistas legítimos. Os sinais de alerta, porém, quase sempre aparecem no endereço do site, onde há erros sutis, hífens extras, extensões alternativas ou palavras incorretas.

Por exemplo, fraudadores podem usar “rn” no lugar de “m” no domínio (como “Walrnart” em vez de “Walmart”) para enganar consumidores. O nome pode ser idêntico, mas a extensão (.net, .org, .com) diferente. Eles contam com o fato de que o cliente não checa a barra de endereço enquanto tenta garantir uma oferta rápida.

Sempre confirme se está na página correta. Não clique em links vindos de redes sociais ou anúncios enviados por e-mail. Digite o endereço oficial diretamente no navegador ou use o aplicativo da loja. Antes de inserir dados de pagamento, confira se o site começa com https:// (o “s” indica segurança) e se há o ícone de cadeado. Se esses elementos não aparecerem, abandone a compra imediatamente.

2. Desconfie de alertas urgentes

Outros golpes exploram a sensação de urgência da Black Friday e de outras ações promocionais. O consumidor pode receber um e-mail ou SMS alegando problemas em um pedido recente, atraso na entrega ou falha na verificação de conta. Essas mensagens geralmente incluem termos como “urgente” ou “corra” para induzir ao clique em um link malicioso.

Trate qualquer alerta não solicitado com muita cautela. Nunca clique em links embutidos nessas mensagens. Abra uma nova aba no navegador e acesse diretamente o site da loja ou transportadora. Faça login de maneira segura para verificar o status das suas compras. Empresas legítimas raramente pedem a confirmação de informações sensíveis por meio de um link urgente.

3. Questione preços drasticamente baixos

As ofertas mais tentadoras podem ser as mais perigosas. Se encontrar produtos de alto valor — como o iPhone mais recente, consoles premium ou bolsas de luxo — anunciados com desconto de 90%, acenda o sinal vermelho. Isso costuma indicar golpes de não entrega ou de venda de itens falsificados.

Se o preço parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Quando vir anúncios assim, verifique avaliações de terceiros, leia comentários ou confira quantas pessoas compraram o item. Pesquise o nome do vendedor seguido das palavras “golpe” ou “avaliação”. Prefira lojas oficiais e vendedores bem avaliados em grandes plataformas. Comerciantes sérios não reduzem itens de alta procura a preços irrisórios.

4. Use cartão de crédito ou carteiras digitais

O método de pagamento também ajuda a identificar se um site é confiável. Se o vendedor exige meios incomuns ou impossíveis de rastrear — como gift cards, criptomoedas ou transferências instantâneas — isso é um enorme sinal de alerta.

Esses formatos são ideais para criminosos, pois o dinheiro é irrecuperável após o envio.
Evite também usar cartão de débito, já que, em caso de fraude, o valor sai diretamente da sua conta, podendo gerar taxas e deixá-lo sem acesso ao saldo durante a investigação.

É mais seguro usar cartões de crédito, que oferecem proteção contra fraudes e permitem contestar cobranças. Você também pode usar carteiras digitais como PayPal, Google Pay ou Apple Pay, que ocultam seu número real do cartão. Apenas tenha cuidado para não ultrapassar seu limite e consiga pagar a fatura sem juros.

5. Evite Wi-Fi público

O consumidor pode encontrar uma promoção enquanto toma um café, mas usar Wi-Fi público expõe seus dados. Essas redes abertas são terreno fértil para hackers, que podem espionar sua conexão e interceptar senhas, informações financeiras e outros dados pessoais enquanto você digita.

Para compras, transações bancárias ou acesso a contas sensíveis, sempre utilize uma rede particular e segura. Evite Wi-Fi público e prefira dados móveis, sua conexão doméstica ou uma VPN confiável que criptografe suas informações antes do pagamento.

6. Utilize senhas exclusivas e autenticação em duas etapas

Criminosos se aproveitam de pessoas que usam a mesma senha em vários sites. Não faça isso. Crie senhas diferentes para cada conta. Se precisar de ajuda, utilize um gerenciador de senhas para gerar e armazenar combinações fortes para todos os serviços.

Ative também a autenticação em duas etapas (2FA) nas suas contas mais importantes, exigindo um código enviado ao seu celular para validar transações. Assim, mesmo que alguém obtenha sua senha, ela se torna inútil. É uma forma simples e eficaz de proteger seus dados financeiros.

7. Acompanhe seus extratos

Durante a Black Friday e todo o período de festas, monitore suas movimentações financeiras ao menos uma vez por dia. Fique atento a pequenas cobranças inesperadas. Golpistas usam esses valores como teste para verificar se o cartão roubado está ativo antes de realizar compras maiores.

Ative alertas por SMS ou e-mail para todas as transações, aumentando as chances de identificar fraudes em tempo real. Ao notar qualquer atividade suspeita, ligue imediatamente para o banco ou operadora do cartão para bloquear o acesso e reduzir os prejuízos.

8. Guarde seus registros

Como medida extra, crie uma pasta digital com todas as confirmações de pedidos, códigos de rastreamento e comprovantes enviados por e-mail.

Se precisar pedir estorno por não recebimento ou contestar uma compra fraudulenta, esses documentos serão essenciais. Eles comprovam que a transação aconteceu e ajudam a comparar o que foi prometido com o que foi entregue.

Black Friday segura

Sua melhor defesa contra golpes na Black Friday é a cautela. Mesmo animado com ofertas e promoções, reserve alguns segundos para seguir as recomendações acima.

Não deixe que uma boa oferta se transforme em prejuízo. Utilize sites oficiais, evite links não solicitados e monitore seus extratos.

Se acreditar que foi vítima de fraude, comunique a cobrança e solicite o bloqueio da sua conta imediatamente. Com atenção e prudência, você pode aproveitar a Black Friday com segurança.

Deu em Forbes