Empresas 24/06/2024 05:51

Plano de recuperação extrajudicial da Casas Bahia é homologado

A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo julgou improcedentes as impugnações ao plano feitas pelos credores Opea e Pentágono

O Grupo Casas Bahia informou que o Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo homologou o Plano de Recuperação Extrajudicial (RE) apresentado pela companhia, julgando improcedentes as impugnações ao Plano de RE referidas feitas pela Opea e Pentágono.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na semana passada, a empresa destaca que com a homologação, o reperfilamento de suas dívidas financeiras quirografárias decorrentes das debêntures e CCBs novadas pelo Plano de RE torna-se efetivo e vinculante perante todos os credores financeiros da empresa.

A varejista destaca que o cronograma de pagamentos estabelecido no Plano de RE, incluindo a carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal, e prazo total de amortização de 78 meses (6,5 anos), com remuneração de CDI + 1,0% a 1,5%, impactará positivamente o serviço da dívida financeira da companhia.

Segundo a companhia, o cenário no primeiro trimestre de 2024 era de desembolso de caixa até 2027 de R$ 4,8 bilhões. Após o reperfilamento, no entanto, a previsão é de desembolso de caixa de R$ 500 milhões até 2027.

A empresa informa ainda que em cumprimento ao Plano de RE, procederá agora com a sua 10ª emissão de debêntures, em substituição às dívidas financeiras quirografárias sujeitas e novadas pelo Plano de RE.

ENTENDA

A Casas Bahia entrou com pedido de recuperação extrajudicial em 28 de abril para dívidas que somam R$ 4,1 bilhões.

O pedido já é pré-acordado com os principais credores, que detém 54,5% dos débitos e, portanto, deve ser aplicado também aos demais credores pulverizados, dentre eles, pessoas físicas.

Mas no início deste mês, os credores Opea Securitizadora e a Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários apresentaram impugnações ao Plano RE e sua homologação, que agora foram julgadas improcedentes pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

Deu em Diário do Comércio

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista