Sem categoria 31/03/2014 16:15

Depois de abandonar prédio, MPRN comprou mais dois terrenos a pretexto de instalar promotorias

Por fatorrrh_6w8z3t

4f40d98caece72758381b801c20a1c1c-700x466Deu no Portalnoar
Por redação
Após a denúncia de que o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) havia abandonado um prédio no centro de Natal, adquirido para implantar as promotorias criminais, em 2008, por R$ 850 mil, surge nova denúncia de que um novo imóvel comprado pelo MP também não foi usado para a finalidade para a qual foi adquirido.
O portalnoar.com recebeu a denúncia, de fonte interna do MP, de que o terreno ao lado da sede do Ministério Público, comprado por R$ 1,5 milhão para construir promotorias, está, há cinco anos, servindo apenas de estacionamento.
No entanto,  a compra do terreno foi justificada no Orçamento do MP para construir promotorias, e não para servir de estacionamento.
Cabe lembrar que o terreno custou quase duas vezes mais que o do prédio abandonado no Centro de Natal.
O terreno foi comprado durante a gestão do então procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, que também não conseguiu serventia para mais esse imóvel.
Do mesmo jeito que fez com o prédio do Centro da Cidade, adquirido na administração de José Augusto Peres.
O terreno comprado e onde seriam instaladas as promotorias acabou transformado em estacionamento da PGJ. Até hoje.
Abandonar o prédio no Centro da cidade e usar um terreno para outra finalidade não foram as duas únicas investidas do Ministério Público no setor de imóveis.
Em 2010, segundo a fonte do MP, outro terreno, menor e mais barato (em torno de R$ 1 milhão), foi comprado pelo órgão ministerial.
Neste, localizado na rua Promotor Manoel Alves Pessoa Neto, em frente a sede da PGJ, o MP realmente construiu promotorias e vem sendo usado para o fim que justificou no Orçamento do órgão.
A fonte não soube dizer o valor da construção do anexo.
A informação de que o prédio do centro da cidade foi abandonado por falta de recursos para a reforma coloca em xeque o argumento dado pelo MP para o não uso do edifício comprado em 2008, na Rua José de Alencar, no Centro de Natal.
Segundo explicação oficial, o prédio precisaria ampliar o número de vagas de estacionamento de 12 para 24. Esse investimento custaria cerca de R$ 550 mil e não foi feito “por falta de recurso” até 2009. Entretanto, o órgão conseguiu verba para comprar um segundo e um terceiro imóvel, além dos recursos para construir o anexo.
O portalnoar.com tentou contato com o atual procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, mas não obteve sucesso até o fim da manhã, para esclarecer a nova denúncia. Continuamos tentando agora à tarde.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista