Sem categoria 21/05/2013 05:17
Helena Chagas fala da importância da regionalização das verbas publicitárias
Por fatorrrh_6w8z3t
- Meio & Mensagem ›› Quando observamos o quadro de investimentos publicitários do governo federal na última década, percebe-se que o número de veículos aumenta. Qual é a função e o que a regionalização e descentralização representam, estrategicamente, para o governo?
- Helena Chagas ›› Demos continuidade a uma política muito bem-sucedida, criada pelo ministro Luiz Gushiken e seguida pelo ministro Franklin Martins, responsável por começar a regionalização que, ao lado do critério de mídia técnica, norteia a distribuição dos investimentos publicitários do governo federal. O critério da regionalização é muito importante e tem um fundamento claro: as mensagens do governo, sejam elas institucionais ou de utilidade pública, devem chegar a todo cidadão brasileiro, more onde estiver, nas localidades mais remotas. Ele tem o direito ao acesso dessa mensagem. Esta é a razão de ser da regionalização, que alguns tratam como pulverização, mas nós tratamos como democratização do acesso às mensagens do governo, à comunicação.
- M&M ›› Qual é sua opinião sobre regulamentação dos meios de comunicação?
- Helena ›› A Constituição prevê que a mídia seja regulamentada, esse debate é inexorável e deve acompanhar a evolução tecnológica, mas começou um pouco enviesado, por conta do acirramento político, em um ano eleitoral. Começou errado e passou a haver uma interpretação de que qualquer regulamentação dos meios, qualquer iniciativa que versasse a esse respeito, seria controle de conteúdo. Não é. A imprensa é livre, não há controle de conteúdo, a própria Constituição proíbe isso. Mas precisamos regular os meios de comunicação, até por uma necessidade de acompanhar as mudanças que o tempo trouxe. Como vai ser esse mundo?
- M&M ›› Mas existe uma má vontade, de parte a parte, em discutir o controle social da mídia no Brasil.
- Helena ›› “Controle social da mídia” virou uma espécie de clichê, uma expressão maldita. Tem gente que ouve e sai correndo. Não se pode ter controle de conteúdo. Isso não existe. Mas temos de regulamentar e elaborar uma legislação de proteção ao cidadão que se sentir atingido na sua honra e dignidade por acusações da mídia. Essa discussão mistura tudo na mesma panela e estigmatiza o tema. É preciso tirar o estigma e discutir de maneira serena, tranquila, com o tempo que demandar.