O telefone que antes ficava fixo em casa hoje cabe na palma da mão — e com ele, surgiu um abismo criado pelo comportamento digital.
Quem cresceu deslizando o dedo na tela encara um mundo de etiquetas que parecem desconhecidas e impactam até a convivência com os mais velhos.
Quatro práticas recorrentes dos usuários mais velhos em relação ao celular fazem os jovens revirarem os olhos de constrangimentos.
Os quatro pontos de atrito entre gerações
Segundo Smith, pessoas mais velhas tratam a tecnologia como algo externo. Elas instalam recursos, raramente revisam ou apagam conteúdos e, por experiências com computadores instáveis, mantêm desconfiança operacional.
Por outro lado, jovens veem o telefone como uma extensão de si, um misto de entretenimento, companhia constante e amparo, trocando apps e upgrades assim que surgem. Essas diferenças geram alguns atritos devido aos comportamentos considerados impróprios pelos mais novos.
1. Ligações sem aviso
Quem cresceu com o telefone fixo encara o toque como uma ordem para falar, já os nativos digitais preferem um aviso prévio por texto e consideram a chamada inesperada uma descortesia.
A coach de tecnologia Brittany Smith, 44 anos, reconhece a ansiedade gerada por ligações inesperadas. Além disso, ela conta que o pai, que é Boomer, atende a tudo, até em encontros, e por isso leva fones para esperar.
2. Textos longos demais
Diane Gottsman, da The Protocol School of Texas e mãe de jovens da Gen Z, relata que seus filhos reprovam mensagens que parecem cartas. Eles pedem concisão: nada de textos longos quebrados em partes, assinaturas em SMS ou comentários supérfluos em grupos, tampouco correntes.
Além disso, ela recomenda aos pais que entendam os emojis e os usem com parcimônia para evitar confusões, como a da berinjela.
3. Tela sem bloqueio
Para Jo Hayes, muitas pessoas mais velhas enviam uma mensagem e guardam o celular sem travar a tela, o que multiplica as chamadas acidentais. Brittany Smith sugere configurar o bloqueio automático entre 30 segundos e cinco minutos, preferencialmente no menor intervalo possível.
Vale reforçar o hábito de pressionar o botão lateral sempre que terminar uma ação.
4. Lanterna ativada sem perceber
A barista Catherine (nome fictício) observa que clientes mais velhos circulam com a lanterna ligada, às vezes ofuscando atendentes no balcão. Smith compara o hábito a dirigir quilômetros com a seta acionada.
A especialista recomenda retirar o atalho da lanterna das duas teclas da tela bloqueada e substituí-lo por algo menos intrusivo.
Deu em HuffPost.

