Sem categoria 18/03/2014 09:46
Uma epidemia potiguar
Deu em Roda Viva
DO NOVO JORNAL
Do mesmo jeito que a jabuticaba é uma fruta existente apenas no Brasil, o nosso Rio Grande do Norte registra um tipo de moléstia que vem grassando, única e exclusivamente, dentro de suas fronteiras: a midiofobia. Ela começa a ganhar proporções muito acima do razoável, especialmente quando consegue contaminar, como já contaminou, influentes setores do Poder Judiciário e do Ministério Público, justamente dois dos segmentos que, em outras terras, são grandes aliados recíprocos da atividade, até por se nutrirem do que aqui resolvem combater sem nenhum pudor ou remorso.
A midiofobia, que vinha se expressando por ações isoladas, tem se mantido num crescente, culminando pela solene manifestação de um time completo de promotores que colocaram as suas assinaturas, com a marca característica da arrogância de quem, depois de adquirir uma moléstia grave, parece ter perdido a capacidade de raciocinar. Afinal, muito da força adquirida pela instituição Ministério Público, nos últimos anos, contou com a parceria, apoio e incentivo da mídia que, precisa reconhecer seu erro, tem sido conivente na hora em que excessos foram cometidos. Especialmente em flagrantes atentados à Constituição e aos direitos e garantias individuais, quando promoveu espetáculos justamente para se amplificar pela própria mídia, com a realização de operações de nomes chamativos e prisões de personalidades, sem caracterização do flagrante delito, possibilidade de fuga ou ação para dificultar as investigações (como determina a Constituição Cidadã).
O problema é que a moléstia tem se manifestado sem qualquer efeito colateral sobre quem foi inoculado por ela. Só ameaça a própria mídia, que não conseguirá se manter sem a existência de empresas saudáveis. Sem a presença governamental, não sobreviveria nenhum empresa de qualquer ramo no RN. Valendo lembrar que a iniciativa privada não conta com os duodécimos considerados “imexíveis”, mesmo quando a receita não consegue contempla-los.
Como imaginar que empresas de comunicação resistam à proibição que está sendo trabalhada, desde o ano passado para impedir que o Governo do Estado cumpra a obrigação constitucional de dar publicidade aos seus atos e prestar contas de suas ações, como é feito em todos os outros Estados e pelo Governo Federal. Este último aplicou, só nos dois primeiros meses do ano, recursos da ordem de R$ 140 milhões em publicidade institucional, mais de cinco vezes que a verba total do RN num ano.
O surto da midiofobia ataca a inteligência de quem termina transferindo para a comunicação a responsabilidade por todas as falhas do estado, em todos os setores, como se a destinação de recursos públicos para um setor pudesse suprir o outro. A proibição do uso das verbas publicitárias não mudará a carência geral nos serviços públicos, assim como seria a suspensão de conquistas de grupos de servidores públicos, como o controvertido “auxílio-paletó”, que consome recursos maiores do que a verba de propaganda do Governo.
Não se conhece, em nenhum outro Estado, o entendimento de que a proibição da propaganda governamental vá permitir a solução de graves problemas de segurança, saúde ou educação. Em nenhum Estado se conhece uma só iniciativa do Ministério Público, nem muito menos o atendimento pelo Judiciário, de atos para impedir a publicidade governamental. Provavelmente pelo entendimento de que, além de não resolver os problemas, ainda terminará contribuindo para que não sejam resolvidos nunca, notadamente quando não existir a imprensa e os falsos moralistas, ou frustrados em geral, inoculados por este vírus, não tenham por onde se dirigir.
Descrição Jornalista
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