Turismo ganha força, mas serviços perdem fôlego no terceiro trimestre - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Turismo 15/11/2023 09:05

Turismo ganha força, mas serviços perdem fôlego no terceiro trimestre

Na contramão do desempenho dos outros setores, os serviços têm mostrado resistência aos impactos da crise monetária dos últimos anos.

Turismo ganha força, mas serviços perdem fôlego no terceiro trimestre

O setor de serviços recuou cerca de 0,3% no mês de setembro, segunda retração mensal consecutiva, comparado ao mesmo período do ano anterior, a queda foi de 1,2%.

É o que apresentam os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo com o resultado, as expectativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) são de alta de 3,6% nos serviços e de 8,3% no turismo para 2023.

Na contramão do desempenho dos outros setores, os serviços têm mostrado resistência aos impactos da crise monetária dos últimos anos.

Tanto em atividade quanto em preços, o setor se destaca, registrando uma inflação de 5,2% nos 12 meses encerrados em setembro.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar dos desafios enfrentados pelo setor de serviços, a confiança em resultados positivos permanece.

“O papel vital desempenhado pelos serviços na recuperação e no avanço econômico é inegável. Apesar de registrarmos uma segunda queda mensal, a revisão da CNC é otimista, e as projeções refletem a confiança na tendência de uma aceleração global”, afirma.

Turismo cresce, mas enfrenta desafios 

De acordo com a análise da CNC, o setor de turismo apresentou aumento de 1,5% nas receitas em setembro, após uma queda de 0,4%.

Atividades características do setor exibem uma variação positiva de 7,9% nos nove primeiros meses de 2023, situando-se 6,1% acima dos níveis pré-pandemia.

Para o economista da CNC, responsável pela análise, Fabio Bentes, os frequentes reajustes das passagens aéreas podem contribuir para a desaceleração do setor ao longo dos próximos meses.

“Em outubro, um aumento de 23,7% nos preços médios tornou-se a principal pressão inflacionária, sinalizando desafios. Em setembro, o preço médio desse serviço já havia oscilado +13,5%”, explica o economista.

De forma heterogênea no plano regional, a demanda por transporte aéreo se aproxima dos níveis de 2019.

Considerando-se os voos domésticos realizados nos 20 maiores aeroportos do Brasil, responsáveis por 87% do fluxo de passageiros do País, em setembro deste ano, o tráfego de usuários se encontrava 3% acima do observado em relação ao fluxo médio mensal de 2019.

Destacam-se positivamente, nesse contexto, os aeroportos Santos Dumont no Rio de Janeiro (51%), de Campinas (29%) e de Goiânia (22%).

Por outro lado, no aeroporto do Galeão, atualmente apenas o 10º aeródromo do País, o fluxo de passageiros corresponde a menos da metade do fluxo médio de passageiros de 2019.

Para Fabio Bentes, “apesar do aumento de turistas estrangeiros em 79% nos primeiros nove meses deste ano, totalizando 4,4 milhões, o contingente ainda está 9% abaixo dos números de 2019. A recuperação, embora, encorajadora, enfrenta desafios, especialmente diante da escalada dos preços das passagens aéreas”.

Deu no Portal da CNC

Ricardo Rosado de Holanda
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