Tem 60 anos e as contas não param de chegar? Lei permite renegociar mantendo água, luz e alimentação - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Idosos 29/10/2025 10:13

Tem 60 anos e as contas não param de chegar? Lei permite renegociar mantendo água, luz e alimentação

Tem 60 anos e as contas não param de chegar? Lei permite renegociar mantendo água, luz e alimentação

Lei do Superendividamento trouxe uma nova chance para idosos com 60 anos ou mais que enfrentam dificuldades financeiras. Essa legislação permite a renegociação de diversas dívidas de consumo, garantindo que contas essenciais como água, luz e alimentação sejam mantidas.

O principal objetivo dessa lei é proteger o cidadão em situação vulnerável, impedindo que o pagamento de débitos comprometa o acesso a itens básicos de sobrevivência. Diferente de outras modalidades de renegociação, aqui existe a garantia do mínimo existencial, ou seja, o valor necessário para viver com dignidade sempre será preservado.

Quais dívidas podem ser renegociadas através da lei?

A legislação abrange um conjunto amplo de débitos relacionados ao consumo cotidiano. O foco está nas despesas que pessoas físicas acumulam no dia a dia, permitindo que sejam consolidadas em um único acordo de pagamento.

As principais categorias de dívidas incluídas na renegociação para idosos são:

  • Contas de serviços essenciais como água, energia elétrica, telefone e gás
  • Empréstimos pessoais contraídos em bancos e instituições financeiras
  • Crediários e parcelamentos realizados em lojas e comércio
  • Cartões de crédito e demais dívidas de consumo de boa-fé
Tem 60 anos e as contas não param de chegar? Lei permite renegociar mantendo água, luz e alimentação
Para que a renegociação de dívidas seja aprovada, alguns critérios precisam ser atendidos – Créditos: (depositphotos.com / alfexe)

Como funciona o processo de renegociação para idosos?

O idoso deve buscar orientação em órgãos como Procon, Defensoria Pública ou diretamente nas instituições credoras. É necessário apresentar documentos que comprovem a renda atual e demonstrem que os débitos foram contraídos de boa-fé, sem intenção de fraude.

Durante a análise, todas as dívidas elegíveis são consolidadas em um plano único de pagamento. Isso facilita o controle financeiro e evita que o idoso precise lidar com várias cobranças simultâneas, reduzindo o risco de novos atrasos e o acúmulo de juros adicionais.

Tem 60 anos e as contas não param de chegar? Lei permite renegociar mantendo água, luz e alimentação
Para que a renegociação de dívidas seja aprovada, alguns critérios precisam ser atendidos – Créditos: (depositphotos.com / HayDmitriy)

Quais são os requisitos para ter acesso ao benefício?

Para que a renegociação de dívidas seja aprovada, alguns critérios precisam ser atendidos. A comprovação da situação financeira é fundamental para que o benefício seja concedido de forma justa.

Os principais requisitos exigidos pela lei incluem:

  • Ter 60 anos ou mais e estar em situação de superendividamento comprovado
  • Comprovar renda insuficiente para honrar os débitos sem comprometer a subsistência
  • Demonstrar boa-fé na contratação das dívidas, sem indícios de fraude
  • Apresentar documentação completa sobre renda, despesas e dívidas existentes

Por que a proteção do mínimo existencial é importante?

O conceito de mínimo existencial garante que nenhum idoso fique sem recursos para alimentação, saúde, moradia e higiene básica.

Essa proteção é o diferencial da lei, pois impede que credores exijam valores que deixem a pessoa em situação de vulnerabilidade extrema.

Na prática, isso significa que mesmo durante a renegociação financeira, uma parte da renda do idoso fica protegida por lei.

Essa medida assegura dignidade e qualidade de vida, permitindo que o pagamento das dívidas aconteça de forma gradual e sustentável, sem sacrificar o bem-estar da pessoa.

Deu em Crusoé
Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


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