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Comportamento 13/12/2025 17:39

Se você faz esses 8 comportamentos, sua infância foi mais humilde do que imagina

Se você faz esses 8 comportamentos, sua infância foi mais humilde do que imagina

A forma como vivenciamos o mundo na infância deixa marcas profundas que se estendem por toda a vida adulta. Experiências de escassez, dificuldades e limitações financeiras não apenas moldam o caráter, mas também influenciam comportamentos, valores e percepções que carregamos para sempre.

Para especialistas em psicologia, compreender esses padrões é essencial para entender como a pobreza na infância pode impactar atitudes, escolhas e até a forma como nos relacionamos com o mundo.

Segundo o psicólogo Manuel Hernández Pacheco, citado pelo portal Infosalud, “mesmo depois de adultos, carregamos a criança que um dia fomos, com seus medos, inseguranças e dores”.

Isso significa que vivências marcantes, como traumas ou a convivência constante com a falta, continuam ressoando, influenciando comportamentos muitas vezes imperceptíveis no dia a dia.

Crescer em um ambiente de escassez não significa apenas viver com menos, significa desenvolver estratégias de sobrevivência emocional, social e financeira que se transformam em traços de personalidade na vida adulta.

8 sinais que entregam quem cresceu com pouco

Foto: iStock

A seguir, entenda quais são os oito comportamentos mais comuns em adultos que passaram por essa realidade:

1. Valorização profunda da simplicidade

Quem cresceu com recursos limitados tende a reconhecer o valor do básico. Essa relação com a simplicidade não romantiza a pobreza, como explica o filósofo Francisco Checa, “o empobrecimento não é bonito em lugar nenhum”, mas revela que pessoas que tiveram pouco aprendem a apreciar o essencial com mais consciência.

Essa visão pode ser transmitida também às crianças, desde que sem privações extremas: evitar excessos materiais ajuda a desenvolver disciplina emocional e respeito pelo que se tem.

2. Engenhosidade e criatividade além da média

A famosa expressão “a necessidade é a mãe da criatividade” faz sentido aqui. Crianças que cresceram com poucas opções aprenderam a improvisar, consertar, reinventar e aproveitar ao máximo o que já tinham. Isso se transforma, na vida adulta, em um grande potencial de resolução de problemas e alta adaptabilidade.

Estudos mostram que reduzir estímulos excessivos, como excesso de brinquedos, aumenta a criatividade e incentiva a autonomia infantil.

3. Empatia aguçada

Pesquisadores da Universidade de Berkeley identificaram que pessoas oriundas de ambientes mais pobres desenvolvem maior sensibilidade emocional.

Elas tendem a reconhecer melhor as expressões faciais, estados de humor e necessidades alheias, porque entendem na prática o valor da solidariedade e da conexão humana.

4. Gratidão verdadeira pelas pequenas coisas

Quem enfrentou dificuldades costuma enxergar significado em gestos simples: um jantar em família, noites tranquilas, saúde, conforto básico.

A gratidão diária, além de natural para essas pessoas, é um fator reconhecido pela psicologia positiva como catalisador de bem-estar e felicidade duradoura.

5. Ética de trabalho sólida

A vivência com a escassez muitas vezes leva ao início precoce da vida laboral. Isso desenvolve senso de responsabilidade, disciplina e compreensão clara de que esforço, constância e dedicação são elementos indispensáveis para conquistar metas.

6. Resiliência emocional notável

Quem conviveu com adversidades desde cedo costuma desenvolver uma força interior acima da média. Essa resiliência permite lidar com perdas, frustrações e desafios com maior estabilidade emocional e maior capacidade de recuperação.

7. Uma visão diferente sobre riqueza

Para quem cresceu com pouco, riqueza não se limita a bens materiais. Segurança emocional, estabilidade financeira, liberdade e paz de espírito tornam-se elementos tão valiosos quanto — ou até mais importantes que — o dinheiro em si.

8. Hábito de praticar frugalidade

Pessoas que vieram de ambientes de escassez aprendem desde cedo a administrar dinheiro com cuidado. Economia, planejamento e escolhas conscientes se tornam hábitos naturais, não por avareza, mas por inteligência financeira.

Por fim, esses comportamentos não são regras universais, mas padrões frequentes em adultos que cresceram com poucos recursos.

Eles revelam que, apesar das dificuldades, a experiência pode desenvolver competências valiosas, força interior e uma visão de mundo mais sensível, equilibrada e resiliente.

Deu em Capitalist

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista